Campanha eleitoral

Ventura, muito igual a si próprio, parecia seguir o anexim, que diz: ‘o importante é que se fale de mim, mesmo que seja para dizer bem’. Preferiu dizer mal do Executivo, e do Marcelo só a propósito do Governo. Todos o acharam péssimo, e eu também. Claro que prefiro voltar a votar no Marcelo.

por Pedro d'Anunciação

Não imaginaria que estaria a escrever agora sobre isto. Mas as TVs têm dado muita importância ao assunto. Nos jornais nem interessa. E a nossa Presidência da República lá tem a sua importância.

O Marcelo mostra ser o mais apto, e ter a eleição na mão. De sua vontade, trataria sempre os candidatos bem, com alguma condescendência, no fundo, como filhos às vezes rebelditos.

Tiago Mayan soube arranjar um discurso, e a Iniciativa Liberal vai ficar a dever-lhe todos os votos que conseguir.

Ventura, muito igual a si próprio, parecia seguir o anexim, que diz: 'o importante é que se fale de mim, mesmo que seja para dizer bem’. Preferiu dizer mal do Executivo, e do Marcelo só a propósito do Governo. Todos o acharam péssimo, e eu também. Claro que prefiro voltar a votar no Marcelo, que sempre conheço, e não faz mal os necessários compromissos. Claro que os jornais puseram o Ventura a levar ‘pancada’ de todos os outros candidatos. E de certa forma isso é verdade. Mas nem tem, nem parece saber ter, um discurso mais subtil. Este é-lhe suficiente para ter alguns votos mais do que o seu partido.

O problema foi Ana Gomes que, com muito mais civilidade, come também em parte no seu espaço. E não atinge o principal PS, rendido ao Marcelo. Sempre achei que a Direita do PS está mais à direita que a esquerda do PSD, e vice-versa.

Ao Vitorino acho-lhe a graça que ele quer. E mais um poucochinho, por um genro meu ter votado nele, nas eleições anteriores.

A Matias, mais do que andar apagada, está a sofrer a sorte de um BE que não serve para nada, quando desiste de influenciar o Governo.

O homem do PCP lá faz o seu esforço, a defender umas ideias há muito fora de moda, salteadas com uns princípios que são de todos. Lá terá os seus poucos votos, os que o Partido lhe puder garantir.

E é o que se me apraz dizer sobre a matéria.