Confinamento e aselhices

A confusão é quase tanta como a criada pelas exceções ao confinamento geral. Ou muito me engano ou António Costa deve estar a preparar-se para fazer outra comunicação ao país, do género: «Como as portuguesas e os portugueses não leram bem o que são as exceções, sou obrigado a retificar tudo e a mandar todos…

Começando pelo fim. É óbvio que as eleições presidenciais só se vão realizar porque a distância de Marcelo Rebelo de Sousa para os outros candidatos é tanta que dá perfeitamente para permitir que mais de 300 mil pessoas não possam exercer o seu direito de voto.

Se as sondagens mostrassem que Marcelo e Ana Gomes ou André Ventura estavam taco a taco, alguém acredita que as eleições se realizavam com tantas ausências?  É claro que não. E não faltariam constitucionalistas para se dar a volta ao texto, bastando, ao que se diz, proibir as pessoas de  saírem de casa nesse dia.

A confusão é quase tanta como a criada pelas exceções ao confinamento geral. Ou muito me engano ou António Costa deve estar a preparar-se para fazer outra comunicação ao país, do género: «Como as portuguesas e os portugueses não leram bem o que são as exceções, sou obrigado a retificar tudo e a mandar todos para casa». Nas redes sociais já se tornou viral o dia-a-dia de um cidadão comum. Desde ir ao pão, passear o cão, ir ao banco, depois aos correios, a seguir levar comida a um familiar, acabando o dia, antes de ir para casa, por passar por um local de culto.

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