Online ‘sustenta’ imobiliário português em 2021, diz estudo

Em 2020 foi registado um crescimento de 22,8% no tráfego dos principais portais imobiliários, diz imovendo.

Em plena pandemia, foi através das plataformas online que os portugueses procuraram imóveis, contactaram profissionais e fizeram transações imobiliárias. Estas plataformas foram a “principal força motriz do setor imobiliário em Portugal” e, segundo a consultora imobiliária imovendo, “vai ser, certamente, o principal veículo de sustentabilidade do setor para 2021”.

Apesar da crise económica e sanitária, o ano passado evidenciou “um dinamismo até certo ponto surpreendente no que concerne aos novos créditos à habitação concedidos”, diz a imovendo. Foi registado um crescimento de mais de 6% nos primeiros 10 meses do ano, “e, desta forma, assegurado, mesmo durante o primeiro confinamento, um fluxo mensal de novos financiamentos sempre superior a 830 milhões de euros”.

“Este novo ano deverá, ainda, manter o comportamento expansionista das entidades financeiras, sobretudo a partir do segundo trimestre, altura para a qual será expectável assistir aos primeiros passos de recuperação económica, em que, também se assistirá a um maior fluxo de imóveis e transações no mercado, devido ao fim das moratórias concedidas pelos bancos”, diz Manuel Braga, CEO da imovendo.

O estudo da consultora mostra duas tendências do ano passado que continuarão este ano. Destaque para a perda de capacidade de rejuvenescimento do alojamento local, que em 2020 assistiu a uma quebra de 53,9% nos novos registos face a 2019 e 73,9% quando comparado a 2018.

Será ainda assistido a um reajustamento na procura residencial, no sentido de garantir mais espaço útil, a par da existência de espaços exteriores “que resultam do facto de uma coisa hoje ser bem mais do que apenas um dormitório”.

Em 2020, diz ainda a imovendo, foi registado um crescimento de 22,8% no tráfego dos principais portais imobiliários “apesar de as principais redes imobiliárias terem visto o tráfego das suas principais redes mobiliárias terem visto o tráfego das suas páginas cair mais de 4,1%, o que demonstra, não apenas que estas tiveram mais dificuldade em adaptar os seus modelos de negócio tradicionais a uma nova realidade mais digital e menos presencial, como a maioria delas não adotou o primado tecnológico como fator alavancador de negócios”.