Homem acorda de coma de sete meses e é acusado de homicídio

A polícia encontrou o corpo da namorada do suspeito no apartamento onde este vivia. As autoridades policiais alegam que a rapariga foi espancada até à morte.

Um homem de 21 anos esteve em coma induzido durante sete meses e quando acordou tinha dois polícias prontos a dizer-lhe que era o principal suspeito do homicídio da namorada.

O suposto homicida, identificado como Weijie He, sofreu graves ferimentos na cabeça ao cair da varanda do seu apartamento, no quarto andar, em junho do ano passado, em Wolli Creek, na Austrália. No dia seguinte, a polícia encontrou o corpo da namorada de He, Liqun Pan, de 19 anos, no apartamento onde vivia. As autoridades policiais alegam que a rapariga foi espancada até à morte.

Ainda não se sabe se a queda de Weijie He foi propositada. “As testemunhas disseram-nos que é comum acontecer este tipo de acidentes nesta área. Foi um azar ou uma tentativa de suicídio”, disse o inspetor responsável pelo caso.

He e Pan, nascidos na China, estavam juntos há dois anos e estavam na Austrália com visto de estudante. Devido às restrições da covid-19, a família de Pan não pôde viajar para comparecer ao funeral da jovem, que decorreu no passado mês de setembro no Eastern Suburbs Memorial Park, em Matraville.

A fiança do homem foi recusada. Nesta quarta-feira, He enfrentou o tribunal local de Sutherland por via digital.

Liqun Pan é a terceira mulher estudante a ser assassinada pelo companheiro em Sydney, no ano passado. Em maio, uma estudante indiana de enfermagem, Kamaljeet Sidhu, 27, morreu com um ferimento de uma faca no pescoço e o seu marido, Baltej Singh Lailna, foi acusado do homicídio. Em agosto, outra estudante de enfermagem, de origem brasileira, Daiane Pelegrini, terá sido esfaqueada até à morte e o acusado pelo homicídio foi o seu namorado, David Tran.