A república a votos

A 3ª República prepara-se para ir a votos, com a finalidade de sufragar o seu presidente.

Uma república decrépita, desacreditada e infestada de políticos medíocres, que preenchem todas as suas estruturas de topo, e que desconhecem por completo o valor patriótico de colocar os interesses nacionais acima de quaisquer outros, em particular os de carácter partidário ou de ambição pessoal.

A campanha eleitoral, prestes a terminar, veio demonstrar o vazio de ideias de quase todos os actuais protagonistas do combate político. Gente sem princípios, mal-educada, rancorosa e invejosa, incapaz de defender um projecto realista para o País que pretende governar, antes perdendo-se em ataques pessoais e insultos baratos direccionados aos seus adversários.

Deixou-se de lutar por ideais, passou-se a guerrear por tachos!

Este é o retrato do Portugal dito moderno. Os políticos que hoje se passeiam pelos vários palcos, e que diariamente nos agridem com os seus disparates, já não têm a capacidade de argumentar com os seus adversários, tratando-os antes como se fossem inimigos num teatro de guerra, procurando denegrir-lhes o carácter e encontrar-lhes faltas no passado que possam valer de justificação para os desacreditar.

Não discutem as suas ideias, contra-argumentando com outras que se apresentem mais válidas, antes envolvem-se em quezílias pessoais, procurando tirar partido de eventuais falhas de comportamento dos seus opositores.

E quando não se descobrem erros a imputar aos seus adversários, inventam-se! Uma certa imprensa, desonesta, tendenciosa e parcial, e as redes sociais encarregar-se-ão de as disseminar.

É por este motivo que as pessoas de bem, que as há, se recusam a oferecer o seu contributo na actividade política, porque não estão para se sujeitar a ser escrutinados por gente menor, maldosa e sem escrúpulos.

Por alguma razão o primeiro requisito para se ser canonizado é estar-se morto! Não há santos em vida, porque todos temos algo a esconder nos nossos armários.

Pessoas de bem têm consciência de que, nos tempos actuais, se estiverem dispostas a oferecer os seus préstimos à governação do País, rapidamente ver-se-ão embrulhadas em escaramuças sem sentido, e para as quais não terão contribuído em nada, acabando por ver o seu trabalho boicotado pelos parasitas que inundam os corredores do poder e cuja missão é apenas a de prestar vassalagem às máfias partidárias.

Em consequência desta fatalidade, a classe política está confinada, quase em exclusivo, a uma seita que nunca produziu nada de relevante na vida, tendo passado directamente dos bancos escolares para os gabinetes ministeriais, e daí para os lugares de responsabilidade governativa.

Gente inculta, sem conhecimentos genéricos para além das técnicas de guerrilha que foram aperfeiçoando durante os anos de militância nas juventudes e de cuja boca somente saem frases sem sentido.

Gente que usa e abusa de chavões que foi interiorizando nas reuniões da capelinha, mas que se revela impotente para desenvolver os conceitos que eles representam, proferindo, a todo o momento, as mesmas palavras ocas que nos procuram vender como sendo a tábua de salvação de uma Nação moribunda.

Uma Nação que já foi grande. Que ao longo da sua História teve ao leme grandes estadistas que a engrandeceram, movidos apenas por um forte amor pátrio e sem que dos actos da governação se aproveitassem para benefícios pessoais, e que tornaram Portugal uma Nação respeitada além-fronteiras e temida pelos seus inimigos.

Uma Pátria ferida de morte quando a carbonária assassinou um dos maiores Reis com que foi agraciada, para além do seu inocente Filho, crimes que culminaram na instauração de uma república maçónica, responsável pelo crónico empobrecimento do País e empurrando-o para a cauda da Europa em valores de desenvolvimento social e económico.

É esta república que se vai fazer votar dentro de dias, com o único objectivo de que mais um medíocre seja supostamente escolhido pelos portugueses para ser o seu rosto!