Costa já votou e avisa: “Se não escolhermos, não nos podemos queixar da escolha dos outros”

Primeiro-ministro apelou ao voto.

Costa já votou e avisa: “Se não escolhermos, não nos podemos queixar da escolha dos outros”

Após ter votado em Lisboa, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que foram criadas todas as condições para exercer o direito de voto em segurança.

"Nesta grave pandemia que estamos a enfrentar, foram criadas as condições de distanciamento e higienização para podermos exercer o nosso direito e o nosso dever cívico de votar de uma forma segura”, disse o chefe do Governo.

Costa quis "agradecer, muito em particular, aos milhares de pessoas que estão a sacrificar o seu domingo para estar nas mesas de voto a assegurar o normal funcionamento deste ato eleitoral".

O primeiro-ministro acabou por cometer uma gaffe ao dizer que só se escolhe o Presidente da República de quatro em quatro anos, quando a votação é de cinco em cinco anos.

"Quero recordar a todos que hoje demoram um bocadinho mais de tempo a votar, mas, apesar de tudo, é só de quatro em quatro anos que temos a honra de poder votar para escolher a pessoa que será a Presidente ou o Presidente dos portugueses", disse.

"Convém não esquecer que muitos lutaram para que as eleições para a Presidência da República fossem um ato livre e democrático, exercido pelos cidadãos, e é daí que vem também a força do Presidente da República", sublinhou, referindo ainda que, em termos de abstenção, "estas eleições não vão ser comparáveis com nenhuma das outras".

"Primeiro por causa da pandemia, naturalmente, porque há pessoas que ficaram confinadas depois do limite do prazo para poderem fazer o voto antecipado. Há também pessoas que não vêm por receio, que sentem menos conforto. E depois há outra razão: como foi alterado o universo dos eleitores no estrangeiro e os portugueses residentes lá fora passaram a ser alvo de recenseamento automático, só isso faria sempre aumentar a chamada abstenção técnica", justificou.

Contudo, Costa garante que "quem quer que venha a ser eleito, em nada terá a sua legitimidade minimamente diminuída pela participação".

 "A nossa representação é que fica diminuída. Se não escolhermos, não nos podemos queixar da escolha dos outros", ressalvou.