Clientes de restaurante fogem à PSP por túnel de água e têm de ser resgatados por agentes

Polícias entraram no túnel por suspeita de que os infratores pudessem estar em perigo.

A PSP de Lisboa, através de divisão de Loures fiscalizou, no passado dia 23, um grupo recreativo em Camarate que se encontrava a funcionar como estabelecimento de restauração. O espaço encontrava-se de portas fechadas e laborava indevidamente. Na sequência da ação de fiscalização, vários clientes tiveram de ser resgatados de um túnel de escoamento de água, após tentarem fugir às autoridades.

Em comunicado, a PSP explica que tentou entrar no estabelecimento para fiscalizar o espaço no âmbito das medidas de prevenção e cumprimento das normas covid-19, mas não obteve qualquer resposta nem do proprietário, nem dos clientes que estavam no interior.

Momentos depois, os agentes verificaram que os clientes estavam a fugir pelas traseiras do estabelecimento, em direção a um túnel de escoamento "de extensão considerável, não sendo possível visualizar a sua extensão para além dos 10 metros”.

A força de segurança explica que o túnel não tinha luz e tinha bastantes curvas, estando a saída a cerca de 50 metros após a entrada e acabado a "desaguar num ribeiro que, por sua vez, desagua no rio Trancão".

A polícia tentou contactar com os infratores, uma vez que sabia a localização destes, mas não obteve qualquer resposta. Tendo em conta que uma forte corrente pluvial entrava no túnel, e por receio que os infratores ficassem presos, os agentes acionaram os Bombeiros de Camarate, a fim de procederem ao seu resgate.

"Por suspeita de que os infratores pudessem estar em perigo, os dois polícias entraram no referido túnel, mantendo-se no exterior o restante dispositivo policial", explica a mesma nota.

Os infratores acabaram por ser encontrados no interior do túnel, molhados e saíram sem resistência, recusando auxilio médico por parte dos bombeiros.

Após o resgate, os infratores foram identificados e autuados no âmbito das medidas covid-19 em vigor, bem como o estabelecimento que se encontrava a laborar indevidamente.