Covid-19. “Até mil” vacinados na área da política e órgãos de soberania

Estimativas feitas ontem por Francisco Ramos, da task force.

O coordenador do Plano Nacional de Vacinação, Francisco Ramos, fez ontem o balanço do primeiro mês de vacinação contra a covid-19. Na afinação da estratégia está a inoculação de titulares de órgãos de soberania ou altos dirigentes que estão a lidar com o estado de emergência ou têm funções na Proteção Civil.

“Estamos a falar, entre fevereiro e março, de uma expetativa de até mil pessoas”, afiançou Francisco Ramos, na sequência do despacho do primeiro-ministro, publicado quarta-feira de manhã, sobre a listagem de titulares de cargos políticos e de órgãos de soberania a vacinar.

Ora, e quem são esses titulares de órgãos de soberania? Além do Presidente da República, da Assembleia da República e do primeiro-ministro, foram indicados pelo menos 11 ministros. Problema? Alguns deles estão infetados com o novo coronavírus. Assim, nestes casos, a regra é simples: nesta fase, até ao final do março, “quem já teve a doença e já recuperou da doença não será vacinado”, adiantou Francisco Ramos, citado pelo Observador. Ou seja, os ministros de Estado Siza Vieira e João Leão, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, e o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, ficaram fora desta lista.

No Parlamento, a conferência de líderes reuniu-se ontem para avaliar o plano de vacinação. O ponto de partida na lista de vacinação era a ordenação prevista no protocolo do Estado, ou seja, primeiro Ferro Rodrigues, presidente do Parlamento e número dois do Estado, seguindo-se Rui Rio, líder do PSD, na qualidade de líder da oposição.

Perante a evolução da pandemia, Ferro Rodrigues levou a debate a redução das sessões plenárias semanais a uma, tal como em março de 2020. A proposta partiu do PAN.