Da submissão à escravidão voluntária

Tudo deve ser ‘descolonizado’. Todas as ‘sociedades brancas’ são racistas e todos os ‘brancos’ beneficiam do ‘privilégio branco’.

No concelho alentejano de Castro Verde, a autarquia local publicou um post no Facebook. No texto, que foi apagado, anunciava o confinamento da comunidade de etnia cigana de um bairro onde foram detectados 17 casos de infecção. Questionado pelo Expresso, o autarca socialista António José de Brito ripostou: ‘Rejeito completamente essa ideia! Por que é que é discriminação?’» (notícia do Expresso).

Como escreveu um amigo no mesmo Facebook, «os ciganos, os islâmicos, os homos e os comunistas não transmitem covid. É a lógica oficial desta loucura do politicamente correcto. Somos nós, brancos heterossexuais, que o fazemos».

De facto, por que não podem ser confinados? – pergunto eu à DGS, ao Governo… e ao PR. Têm mais direitos? (neste caso, o de contaminarem toda a gente). A resposta é: têm!

Nos EUA e, em crescendo, na França, as universidades tornaram-se centros irradiadores dessa nova escravatura, a comunicação social promove-a, os Governos legislam-na e levam a sua pedagogia para a escola. Entre nós o processo já começou, com a imposição da Educação para a Cidadania ou a nomeação pelo Governo de um racista negro, Mamadou Ba, para vigiar manifestações de inventado racismo branco.

O ‘pensamento descolonial’ – assim se auto designa essa nova escravatura, submissamente desejada pelos novos servos – é uma soma de pseudoconceitos, clichês, fórmulas vazias e culinária da moda, constituindo um catecismo ‘antirracista’ e uma nova linguagem de trapos, que assenta em doze pilares, tal como o formulou um especialista francês:

1. Tudo é ‘construção social’.

2. Tudo deve ser ‘desconstruído’.

3. Tudo deve ser ‘descolonizado’.

4. Todas as ‘sociedades brancas’ são racistas e todos os ‘brancos’ beneficiam do ‘privilégio branco’.

5. O racismo, que é ‘sistémico’, é o legado do tráfico atlântico de escravos, do colonialismo, capitalismo e imperialismo do chamado mundo ‘ocidental’ ou ‘branco’ (segue-se que, por definição, o ‘racismo anti-branco’ não pode existir). […]

8. Todo o nacionalismo, inclusive o patriotismo republicano à la française, é portador de racismo e, portanto, de ‘discriminação sistémica’.

9. O sionismo, além de colonialista e imperialista, é uma forma de racismo e discriminação racial, e Israel é um ‘Estado de apartheid’ que deve ser desmantelado. […]

12. O que os ‘islamófobos’ chamam ‘islamismo’ não existe: existem apenas muçulmanos que sofrem de ‘discriminação sistémica’. Aqueles de entre eles que corajosamente ousam revoltar-se contra a dominação de um Ocidente opressor e islamofóbico, passando para a luta armada, a que o Ocidente chama de ‘islamistas’, ‘jihadistas’ ou ‘terroristas’, devem ser considerados como vítimas ‘da hegemonia dos brancos’ e do sistema opressor que ela criou.

Na noite das eleições – e saúdo André Ventura pelo golpe que desferiu nos mandatários em Portugal do novo nazismo – uma sondagem da RTP dava 38% de eleitores à degenerescência em curso do PS. Ou grande parte dos portugueses têm de novo o que merecem… ou também o algoritmo já se submeteu.