ISEG aponta para crescimento do PIB entre 2,5% e 4,5% em 2021

Valor dependerá do controlo da pandemia.

O Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa (ISEG) prevê que o produto interno bruto (PIB) português registe um crescimento entre 2,5% 4,5% este ano. “Num cenário de melhorias progressivas e sustentadas no controlo da pandemia a partir do 1º trimestre, admite-se, como mais provável, que em termos anuais o crescimento em 2021 se venha a situar num intervalo de 2,5% a 4,5%, com o limite inferior a resultar de maiores dificuldades na frente sanitária e o limite superior a pressupor uma evolução mais favorável no controlo da pandemia”, explica a síntese de conjuntura de janeiro divulgada esta quinta-feira pelo ISEG.

Para os economistas do instituto, a partir do primeiro trimestre deste ano, “num cenário plausível de melhorias progressivas e sustentadas no controlo da pandemia”, a economia deverá começar a crescer “em cadeia de forma mais regular e sustentada”. “Admite-se que a resposta da economia será, inicialmente, relativamente rápida e robusta, mas o ritmo de crescimento será muito provavelmente marcado pelo maior ou menor controle da evolução da pandemia”, estima o ISEG.

Os economistas defendem ainda que o impacto deste segundo confinamento será menos agudo que o primeiro. Ora, o PIB deverá cair tanto em termos homólogos como em cadeia. No entanto a queda “deverá ser relativamente mais moderada”. “Por um lado, trata-se de um conjunto de medidas relativamente semelhante ao implementado em março de 2020 e com maior impacto sobre a atividade económica do que as que vigoraram entre novembro e janeiro, sendo por isso previsível uma menor produção global”, lê-se. Só que, desta vez, já existe maior experiência e conhecimento por parte das empresas “que podem continuar a laborar, para lidar com estas situações de forma mais eficiente e evitar as paragens e disrupções da cadeia produtiva que ocorreram no primeiro confinamento”.

Recorde-se que, segundo o Orçamento de Estado para 2021, o Governo aponta para um crescimento de 5,4% da economia, acima das previsões do ISEG.