Precipitação intensa poderá provocar cheias e inundações

“A precipitação local excessiva e persistente dos últimos dias poderá provocar cheias e inundações”, avisa a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que emitiu um aviso à população sobre o mau tempo previsto para esta segunda e terça-feira.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população devido à previsão de chuva, vento, queda de neve e agitação marítima que se irá sentir entre esta segunda e terça-feira, especialmente nas regiões Norte e Centro.

Para esta segunda-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma forte precipitação no Norte e Centro de Portugal continental e poderá haver queda de neve, em especial na Serra da Estrela, e uma agitação marítima forte na costa ocidental. 

Já para terça-feira, prevê precipitação forte e persistente no Norte e Centro (zonas montanhosas), sendo o período mais crítico das 00 até às 12 horas e a queda de neve acima de 1400 metros de altitude, especialmente na Serra da Estrela, descendo gradualmente a cota para 1000 metros nas Regiões Norte e Centro (em especial a na serra da Estrela e no extremo Norte). Há também a possibilidade de trovoada durante o período da tarde e queda de granizo.

O vento deverá soprar até 45 km/h do quadrante oeste, com rajadas até 80 km/h em especial no litoral, sendo até 55 km/h e com rajadas até 110 km/h nas terras altas, devendo o vento forte com rajadas persistir durante um longo período de tempo, com ligeiro desagravamento durante a manhã no Norte e Centro e durante a tarde no Sul. A queda de neve, até ao início da manhã, pode chegar à cota de 1000 metros.

"Prevê-se que a precipitação acumulada até próximo dia 10 atinja os 150 mm nas regiões norte e centro do continente. A precipitação local excessiva e persistente dos últimos dias poderá provocar cheias e inundações face à subida da altura dos rios e ribeiras do Alentejo (nomeadamente no vale do rio Sorraia, com submersão de pontes no concelho de Mora e galgamento da margem esquerda do rio em Coruche, com vigilância em relação à vila, e submersão de estradas) e Algarve. Com base na previsão de precipitação deverá ser mantida a vigilância sob as bacias do Tejo, Douro, Vouga e Mondego", lê-se num comunicado.

Assim, é expectável: piso rodoviário escorregadio por eventual acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água; possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis; inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis; danos em estruturas montadas ou suspensas; possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia e desconforto térmico na população pela conjugação da temperatura mínima baixa e do vento, nomeadamente nas terras altas.

A ANEPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente: garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de gelo nas vias rodoviárias; não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve; nas vias afetadas pela acumulação de água, são desaconselhadas viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais; evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira e ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em locais de vento mais forte e na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a estes fenómenos.