Marta Temido admite confinamento até meados de março

“Quanto maior a intensidade do confinamento, mais rapidamente decresce o risco de infeção”, considerou a ministra da Saúde.

A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu esta terça-feira que é necessário um total de 60 dias de confinamento para “garantir a estabilização dos resultados já alcançados”.

“Precisamos de garantir a estabilização dos resultados já alcançados, mas previsivelmente precisamos de um total de 60 dias de confinamento. É esse o horizonte temporal que os peritos partilharam", disse Marta Temido, o único membro do Governo que esteve presente na reunião do Infarmed desta terça-feira.

"Quanto maior a intensidade do confinamento, mais rapidamente decresce o risco de infeção", considerou. "O nível de risco de transmissão é de 0,82 para o período de 30 de janeiro a 3 de fevereiro, sendo variável nas várias regiões do País." Assim, “apesar dos resultados, é bastante evidente que o atual confinamento tem de ser prolongado por mais tempo”.

Os peritos de saúde, em particular a equipa de especialistas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, defenderam que o confinamento deve durar até meio de março, ou seja 60 dias desde o seu início em meados de janeiro, para baixar a incidência de casos e o número de doentes em Unidades de Cuidados Intensivos. “Os peritos hoje estimaram como 60 dias a contar do seu início, para reduzir o número de internamentos para 200 camas", afirmou a ministra.