DGS vai rever a estratégia de testagem

Apesar do descréscimo do número de casos diários, o ministério da Saúde comandado por Marta Temido assume: “não podemos deixar cair o número de testes” na nova fase da pandemia de covid-19. 

“Ainda esta semana” a Direção-Geral da Saúde (DGS) vai apresentar “ao Ministério da Saúde uma proposta de revisão da estratégia da testagem” para inovar na nova fase de combate à covid-19.

A ministra da Saúde revelou, em entrevista à TSF, que pediu à DGS para analisar a possibilidade e eventualmente mudar a norma.

Como resposta, a DGS aceitou a proposta de Marta Temido e disse à TSF que o objetivo da revisão da estratégia de testagem será "fomentar as ações de rastreio, bem como os testes a realizar a contactos de casos positivos de Covid-19".

É de mencionar a norma atual da DGS para o rastreio de possíveis contágios prevê que os testes "nos contactos de alto risco podem ser considerados" segundo a avaliação do risco pelas Autoridades de Saúde, "especialmente nas situações de surtos e em pessoas com exposição prolongada" ao doente infetado, "como, por exemplo, coabitantes", principalmente em espaços fechados e pouco arejados.

Após a reunião com os especialistas no Infarmed ontem, Marta Temido voltou a confirmar esta declaração ao dizer que a DGS estava a rever os critérios de testagem.

"Neste momento, os testes são sobretudo preconizados para os contactos de alto risco e aquilo que pedimos que fosse avaliado tecnicamente era a possibilidade de o teste ser mais abrangente, independentemente do risco do contacto", admitiu a ministra.

Janeiro foi o mês em que Portugal testou mais pessoas, chegando a ultrapassar “os 77 mil num determinado dia”, afirmou Marta Temido, que insistiu em dizer novamente que objetivo do Ministério é "não podemos deixar cair o número de testes", mesmo com o decréscimo do número de casos diários no país.