CTT afastam acusações do grupo parlamentar do PCP

A empresa garante que “a sua primeira prioridade tem sido ao longo de toda a gestão da crise pandémica a segurança dos seus trabalhadores e que, desde a primeira hora, foram dotados de equipamento de proteção individual”

Os CTT repudiamas informações veiculadas este sábado pelo grupo parlamentar do PCP que, numa pergunta ao Governo divulgada à comunicação social, acusa a empresa de não proteger os seus trabalhadores da covid-19. "Os CTT regem-se escrupulosamente pelas orientações da Direção-Geral de Saúde, no que aos equipamentos de proteção diz respeito, bem como à linha de atuação, relativamente às situações do potencial contágio e contágio confirmado", refere, em comunicado.

A empresa garante que "a sua primeira prioridade tem sido ao longo de toda a gestão da crise pandémica a segurança dos seus trabalhadores e que, desde a primeira hora, foram dotados de equipamento de proteção individual". E lembra: "É absolutamente falso que os CTT “tentem convencer os trabalhadores a não falarem com outros do mesmo departamento ou serviço, de tentativas de impedir trabalhadores de contactarem a linha SNS 24 e a Direção Geral da Saúde, entre outras formas de coação”, como alega o grupo parlamentar do PCP. Não só porque o contacto com a Linha Saúde 24 pode ser feito por qualquer pessoa que o entenda fazer e, portanto, pelos trabalhadores que assim entendam e não pela Empresa – esta contacta, como lhe compete o Delegado de Saúde –, mas também porque os CTT, justamente no sentido contrário ao sugerido, criaram mesmo uma linha interna propositadamente dedicada a esclarecimentos relativos à pandemia, facilitando, assim, o cumprimento dos procedimentos definidos pelas autoridades.

Os Correios acrescentam também que "desde o início da pandemia, as indicações que têm sido divulgadas sistematicamente aos colaboradores é de, em caso de confirmação de infeção ou suspeita, os colaboradores devem mesmo contactar a Linha 24" e lembram que "em todos os casos de confirmação de infeção de um colaborador, os CTT informam a Unidade de Saúde Pública respetiva e remetem uma análise exaustiva do ponto de vista de saúde ocupacional, com vista à identificação dos contactos de risco elevado do foro laboral, como forma de contenção de potenciais cadeias de transmissão".

Em relação ao do ponto de vista de equipamentos de proteção individual (EPI), os CTT revelam que têm fornecido aos seus trabalhadores, de forma regular desde o início da pandemia, uma profusa seleção de equipamentos de proteção, que incluem: máscaras comunitárias reutilizáveis com certificação CITEVE nível 2 renovadas ciclicamente; máscaras cirúrgicas; máscaras com certificação KN95; luvas de látex e de nitrilo; viseiras; alcool gel, incluindo dispensadores pessoais para os trabalhadores que realizam o seu trabalho fora das instalações dos CTT, como é o caso dos Carteiros e dos motoristas; toalhetes para desinfeção das mãos; desinfetante para superfícies.

Em relação às suas lojas adiantam que colocaram acrílicos de proteção e dispensadores de álcool gel, além de terem implementado a espera pelos clientes fora das Lojas CTT e imposto um número máximo de clientes dentro das Lojas de acordo com o número de balcões em funcionamento.

"Na rede de distribuição e outras áreas operacionais, foi definida e executada uma estratégia de contingência em linha com a adotada pelos demais serviços públicos essenciais, baseada na rotatividade e alternância de equipas de modo a proteger os colaboradores e clientes e a assegurar a continuidade da atividade".

 

 

 

Importa lembrar que, no âmbito das iniciativas de mitigação de risco, os CTT desde logo conceberam o Plano de Contingência e Continuidade de negócio CTT, tendo criado no início de março um Comité de Gestão de Crise, para assegurar a coordenação e implementação das medidas que constam do Plano de Contingência e Continuidade de negócio CTT, bem como garantir a comunicação entre as várias áreas internas, a informação e apoio adequados junto dos colaboradores, promovendo as medidas mitigantes dos principais riscos.

 

Os CTT lembram que, no atual contexto de pandemia, mantiveram todos os compromissos com os seus trabalhadores, não recorrendo a lay-off, comparticipando a vacina para a gripe e, indo mais longe, tendo antecipado o pagamento do subsídio de Natal e dos prémios extraordinários junto dos colaboradores, incluindo um prémio pontual atribuído aos trabalhadores que estiveram na linha da frente durante a fase mais aguda do Estado de emergência de abril e maio.

 

A Empresa agradece a todos os colaboradores e em particular aos Carteiros e Atendedores, que todos os dias continuam a desempenhar as suas funções com entrega e profissionalismo, para assegurar que nada falte aos clientes e às empresas e aos Portugueses, permitindo que fiquem em casa, em segurança, como recomendam as Autoridades de Saúde.