Partido ‘guarda-chuva’

Uma das soluções para ultrapassar as limitações impostas seria a criação de um partido que englobasse todas as candidaturas independentes.

Como resposta às limitações impostas pela alteração da lei eleitoral, falou-se por entre os diferentes movimentos independentes de várias possibilidades, entre elas a acoplação de pequenos partidos, quase como «barrigas de aluguer», ou até a criação de um partido «guarda-chuva» que englobasse todos os movimentos independentes, de maneira a facilitar as suas candidaturas às diferentes autarquias.

As respostas são dissonantes e a opinião geral é a de que, como último recurso, não se descarta, mas não é o «ideal». Filipe Araújo, do ‘Porto, o Nosso Movimento’, reitera que não há vontade de abandonar o movimento, mas que não irão «deixar de olhar para as alterações que foram produzidas na lei e interpretá-las, e se nada for realizado, obviamente teremos que estudar todas as hipóteses possíveis para continuar com algo que o movimento foi de certa maneira secundar duas vezes nas eleições com maioria».

Já Aurélio Ferreira, presidente da AMAI, balança entre o sim e o não sobre a criação deste partido. «No fundo, temos é de rapidamente perceber quais as regras do jogo, que foram alteradas agora, e às quais não estamos habituados nem queremos», começa por explicar, garantindo que «não é desejável, mas é possível que se adaptem  e se crie um novo partido, um ‘guarda-chuva’, que permitirá aos Grupos de Cidadãos Eleitores candidatarem-se por ele. Não vejo porque não. É um plano B, não é desejável, mas não excluo», conclui.

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