Embaixador italiano morto a tiro na República Democrática do Congo

No ataque morreram ainda outras duas pessoas: um soldado italiano, Vittorio Iacovacci, e o motorista do embaixador. As Forças Armadas Congolesas “estão a tentar descobrir quem são os agressores”.

Embaixador italiano morto a tiro na República Democrática do Congo

O embaixador italiano na República Democrática do Congo, Luca Attanasio, morreu esta segunda-feira num ataque armado a um comboio do Programa Alimentar Mundial, durante uma visita perto de Goma. 

À agência de notícias AFP, uma fonte diplomática afirmou que o embaixador foi "baleado no abdómen" e foi transportado "em estado crítico" para um hospital, mas "morreu em consequência dos ferimentos".

A notícia foi posteriormente confirmada pelo governo italiano. "É com profunda tristeza que o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma a morte, hoje em Goma, do embaixador italiano na República Democrática do Congo, Luca Attanasio, e de um soldado", lê-se num comunicado.

No ataque morreram ainda outras duas pessoas: um soldado italiano, Vittorio Iacovacci, e o seu motorista. As Forças Armadas Congolesas "estão a tentar descobrir quem são os agressores".

O Presidente italiano, Sergio Mattarella, condenou o "ataque cobarde". "A República Italiana está de luto por estes servidores do Estado que perderam a vida no exercício das duas funções", afirmou.

Em Bruxelas, o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, referiu ter conhecimento das "terríveis notícias" e que o assunto já está a ser debatido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE). Josep Borrell, Alto-Representante da UE, "apresenta as suas condolências a Itália, às Nações Unidas e às vítimas da violência no Congo", disse o porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa.

Também o presidente do Conselho Europeu reagiu ao ataque, mostrando-se "chocado" pelas "vidas perdidas". "Chocado pelo ataque a um comboio do PAM na República Democrática do Congo e pelas vidas perdidas, entre as quais a do embaixador de Itália e de um militar", disse na rede social Twitter.