Carta aberta pede reabertura das escolas em março com máscara obrigatória e gratuita a partir dos 6 anos

Carta dirigida ao Governo e ao Presidente da República, subscrita por cientistas, médicos e outras personalidades, reuniu mais de 1300 assinaturas em poucas horas.

Uma carta aberta subscrita por dezenas de investigadores, médicos e psicólogos defende a reabertura das escolas para o 1º e 2º ciclo já no início de março, considerando que "é urgente, para o presente e para o futuro do país, adotar medidas, com base na ciência e nos dados, capazes de proteger a escola como um bem essencial."

Conhecida esta segunda-feira ao final do dia, soma agora em poucas horas mais de mil assinaturas no site das petições públicas.

Os subscritores salientam que o "encerramento de escolas em Portugal durante o ano de 2020 foi dos mais longos da União Europeia, nomeadamente no ensino básico, o que comprometeu o direito à educação de crianças e jovens, bem como o direito à infância, entendido em sentido lato, como o direito às relações e à convivência com os pares. apontam algumas condições para a abertura em segurança".

E apontam condições para a reabertura em segurança, desde logo o uso obrigatório de máscaras cirúrgicas a partir dos 6 anos, fornecidas pelas escolas, e desfasar ainda mais os horários de entradas e saídas para evitar agrupamentos nestes horários.

Após a vacinação de pessoal de saúde, idosos e grupos de risco, os signatários que incluem nomes como o epidemiologista Henrique Barros, o virologista Pedro Simas ou Maria Manuel Mota, cientista Prémio Pessoa e diretora do Instituto de Medicina Molecular defendem que também professores e auxiliares de ação educativa devem ser integrados nos grupos prioritários de vacinação.

"Bem conscientes da gravidade da situação sanitária, pedimos que as escolhas do Governo estejam à altura dos desafios de hoje e de amanhã, para as crianças, os jovens e os idosos", pedem. 

Esta segunda-feira, após a reunião do Infarmed, a ministra da Saúde afirmou que, tal como as escolas foram o último setor a fechar, é "coerente" que sejam as primeiras abrir. Marta Temido rejeitou no entanto que esta seja já altura de equacionar o desconfinamento. "Este não é o momento de falar de tempos ou de modos, lá chegaremos".   

Leia aqui a carta aberta