O racista que veio do Senegal

Os indignados do costume ficaram bastante incomodados com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros por esta, numa rede social, ter apelidado de escroque um dos seus detractores, por sinal alguém que se aproveita do espaço de antena que a SIC semanalmente lhe oferece para ofender e insultar quem bem lhe apetece.

De imediato gerou-se uma onda de solidariedade para com o coitado, com exigências à demissão da bastonária vindas de um grupo de enfermeiros e de uma das suas antecessoras, por acaso com ligações óbvias ao partido ao qual o referido opinador está, ou esteve, vinculado.

A nossa esquerda fofinha tem esta mania, a de procurar silenciar quem se atreve a enfrentá-la com as mesmas armas com que ela esgrima com mestria.

Na verdade, o pecado capital da bastonária não é o de se exceder, com alguma frequência, na linguagem, mas sim o de não ser de esquerda.

Sacrilégio!

Como é possível que alguém, a quem foram delegadas responsabilidades na defesa dos interesses de uma determinada classe profissional,  possa não comungar dos ideais de Marx?

Por isso a esquerda saloia, não encontrando matéria incriminatória na actuação da bastonária enquanto defensora intransigente dos direitos dos enfermeiros, procura derrubá-la não pelo que ela faz, mas sim pelo que escreve nas redes sociais.

É este o conceito de democracia em que se revê a esquerda totalitária que teima em impôr um pensamento único a toda uma sociedade.

Uma esquerda que andou a pintar as beiças por causa de uma piada inocente, mas que reagiu com silêncio profundo quando, anteriormente, a destinatária da graçola acusou um seu adversário político, em directo e perante as câmaras da televisão, de ser vigarista e cobarde, sem se dignar, sequer, a tentar provar a veracidade da calúnia!

A mesma esquerda que sistematicamente fecha os olhos às constantes ofensas que são dirigidas aos portugueses, em geral, e aos brancos, em particular, por uma criatura que em Portugal foi acolhida sem entraves nem limitações, passando a auferir da nacionalidade portuguesa, apesar da suas origens nada terem em comum com o nosso passado.

Uma esquerda que não se indignou quando esse racista, que responde pelo nome de Mamadou Ba, chamou “bosta da bófia” às nossas autoridades, insultando, desse modo, todos quantos dedicam a sua vida a servir o próximo nas forças de segurança.

Que igualmente fez vista grossa quando o mesmo racista defendeu a morte do homem branco, como se se tratasse de uma afirmação banal!

Pelo contrário, a esquerda não só tem aprovado, tacitamente, considerando o seu silêncio, o discurso de ódio racial do senegalês que por aqui se passeia impunemente, como conseguiu que o Estado o nomeasse para uma comissão para a prevenção e combate ao racismo e à discriminação em Portugal, e para a qual o erário vai esbanjar 15 milhões de euros.

Por mais inacreditável que possa parecer, este fabricante de brechas dentro da sociedade foi escolhido na sua condição de especialista!

Aqui, confesso, os responsáveis pela sua nomeação têm razão: trata-se, de facto, de um especialista na matéria, habituado que está em semear ondas de ódio com base, exclusivamente, na côr da pele, evidenciando-se na sistemática instigação à desobediência civil, pondo, deste modo, em causa a autoridade do mesmo Estado que agora o compensa.

Oferecerem a Mamadou Ba um lugar numa comissão que tem como principal atribuição o combate ao racismo, é precisamente o mesmo que pôr-se um lobo a tomar conta de uma capoeira, com a intenção de zelar pelo bem-estar das galinhas que aí residem, porque é ele, através das constantes tomadas de posição incendiárias, quem fomenta o racismo e levanta fantasmas há muito adormecidos.

Não satisfeito com o reconhecimento anedótico do governo português, ao premiá-lo com um cargo em que terá poderes coercivos, o fulano deu-se agora ao luxo de insultar a memória de um português de quatro costados, acusando-o da prática de crimes de guerra.

Marcelino da Mata notabilizou-se num teatro de operações, no desenrolar de uma guerra de guerrilha e para cujo desencadear não teve, obviamente, nenhuma responsabilidade. No entanto, como militar, teve de cumprir o seu dever, o mesmo que é exigido a todos quantos abraçam a carreira das armas.

Sob ele jamais recaíram as mínimas suspeitas de se ter envolvido em qualquer acção condenável em matéria de violação de direitos humanos, muito pelo contrário, antes de atacar uma posição inimiga mandava o seu corneteiro, que sempre o acompanhava, tocar, por forma a que os seus oponentes não fossem apanhados desprevenidos.

Como combatente revelou-se, sempre, de uma extrema nobreza, razão pelo que recebeu mais condecorações em vida do que qualquer outro dos seus pares.

O único denominador comum a Marcelino e a Mamadou era a côr da pele. Em tudo o resto, separou-os uma distância abismal.

Marcelino orgulhou-se, até ao seu último suspiro, de ter nascido português, batendo-se pela sua Pátria sempre que para isso foi chamado, prontificando-se, se necessário e sem hesitação, a por ela dar a sua vida.

Mamadou abandonou o país que o viu nascer, sem que alguma vez se tenha sacrificado em prol dos seus conterrâneos, e requereu a nacionalidade portuguesa, que lhe foi prontamente concedida, mas, no entanto, nunca perde uma oportunidade para denegrir a Nação que o acolheu e o povo que o tem tratado como um deles.

Marcelino nunca pôs em causa os seus antepassados, dos quais se orgulhava, fazendo questão de exibir os valores e os princípios que deles recebeu, pautando o seu caminho por um respeito irrepreensível pelo passado histórico da terra que nunca lhe passou pela cabeça renegar.

Mamadou procura, a toda a hora, reescrever a História do País que o aceitou como um igual entre os demais, não se cansando de ofender todos quantos se notabilizaram, ao longo dos tempos, na edificação e no engrandecimento da Pátria, querendo apagar a perpetuação dos seus feitos.

Marcelino destacou-se pela sua coragem, oferendo, literalmente, o peito às balas, para que o nome de Portugal não fosse enxovalhado pelos seus inimigos.

Mamadou refugia-se na cobardia de uns simples escritos, limitando-se a caluniar os portugueses de bem e a mal-dizer o papel de Portugal no mundo.

Marcelino foi, e é, porque a sua memória manter-se-á acesa, um grande Homem, enquanto que Mamadou não passa de um pobre miserável.

Espera-se, depois deste lamentável episódio, que o governo tenha a decência de despedir, com justa-causa, da comissão com que o agraciou, este suposto especialista, remetendo-o para a sua importância, que é, naturalmente, nula.

De Mamadou, nada se espera. Apenas que se odeia tanto os portugueses e se o passado histórico de Portugal lhe faz tanta comichão, então pondere regressar às suas origens e entretenha-se, por lá, a espalhar o veneno com que infestou a nossa sociedade.

 

Post scriptum:

Um certo deputado da Nação que, pelos vistos, milita na extrema-esquerda do PS, defendeu a demolição do Padrão dos Descobrimentos, com o argumento de que se trata de uma obra de glorificação do Estado Novo.

Por essa ordem de ideias, sugiro-lhe que proponha igualmente a destruição da Ponte sobre-o-Tejo, baptizada de Salazar e, posteriormente, pela abrilada, re-baptizada de 25 de Abril, porque, sem dúvida, se tratou de uma construção de enobrecimento do salazarismo.

 

Pedro Ochôa