Desmantelada rede europeia de exploração de trabalhadores ilegais

As vítimas, com um “nível baixo de escolaridade” e, por isso, “mais vulneráveis”, “trabalhavam 55 horas por semana por 60 euros por dia”.

A Europol (Serviço Europeu de Polícia) e a Eurojust (Unidade de Cooperação Judiciária da União Europeia), em conjunto com as forças fronteiriças e policiais francesas, romenas e moldavas, desmantelaram uma rede europeia de trabalhadores imigrantes. Foram realizadas 38 detenções na passada segunda-feira: 28 em França, sete na Moldávia e três na Roménia.

As detenções ocorreram após suspeitas das autoridades francesas sobre uma presumível rede de "tráfico de pessoas", "emprego ilegal", "falsificação de documentos" e de "lavagem de dinheiro". "A rede criminosa traficava e registava trabalhadores moldavos em França recorrendo a documentos de identidade falsos, enquanto mantinha os verdadeiros passaportes dos trabalhadores como garantia", referiram a Europol e a Eurojust, em comunicado.

Na operação, 51 locais foram alvos de buscas (20 na Moldávia, 17 em França e 14 na Roménia) e foram apreendidos 19 veículos, armas, telemóveis e cerca de 100 mil euros em dinheiro. Houve ainda 11 contas bancárias congeladas.

As vítimas, com um "nível baixo de escolaridade" e, por isso, "mais vulneráveis", "trabalhavam 55 horas por semana por 60 euros por dia", indicaram as mesmas fontes.