OMS avisa que aeroportos não devem pedir comprovativo de vacinação aos viajantes

A Organização Mundial da Saúde afirma que ainda não foi comprovado a eficácia das vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, se reduz os contágios, quanto tempo dura a imunização e se protegem contra formas leves da covid-19. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avisa, no seu relatório epidemiológico semanal sobre a pandemia, que as vacinas contra a covid-19 não podem ser um requisito para viajar, visto que ainda não são conhecidos dados que considerem esta injeção a cura para o vírus, como os efeitos na redução dos contágios, na duração da imunidade que propiciam e se protegem contra formas leves do novo coronavírus.

A Organização das Nações Unidas também apoia esta posição e assinala que “dar prioridade aos viajantes pode ter como consequência uma administração inadequada de doses da vacina em pessoas com alto risco de contrair formas graves de covid-19".

Em relação aos “certificados de imunidade” para viajantes internacionais – tanto para os que já foram vacinados como para os que possuem anticorpos depois de superarem a doença -, a OMS admitiu que esta medida não é recomendável "nem está sustentada atualmente por provas científicas".

No relatório epidemiológico, a OMS reafirma que as pessoas com mais de 60 anos, com doenças crónicas, ou que pertençam a outros grupos de risco, devem evitar viajar para países com alto perigo de contágio por covid-19.

No entanto, também sublinha que os viajantes internacionais "não devem ser considerados como casos suspeitos de covid-19".

Em 2020, o tráfego de passageiros internacionais decresceu 60 % face a 2019, o que significa que viajaram menos 2,7 mil milhões de pessoas, provocando uma quebra de receitas das companhias aéreas num valor estimado de cerca de 307,5 mil milhões de euros.