PSD considera estratégia de desconfinamento “adequada” mas alerta para aumento do índice de transmissibilidade

Rui Rio revelou que, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “o valor do R [índice de transmissibildiade] teria subido outra vez e estaria acima de 0,9” e “se o R passa o 1 não há condições para fazer nada”.

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou, esta quarta-feira, que concorda com a estratégia de desconfinamento que o Governo está a planear para o país, considerando que "tem-se caminhado no sentido" que o partido tem sugerido. As declarações surgiram após a reunião do líder com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a renovação do estado de emergência. 

"Definir cinco níveis de desconfinamento dizendo o que cabe em cada nível, e depois, no caso de o país não ser homogéneo, que não é, fazer o desconfinamento de forma faseada e por regiões. É isto que penso que o Governo irá fazer da reunião que tivemos e esta estratégia parece-me adequada", afirmou.

O líder democrata considera que será necessário aumentar a capacidade de testagem "à medida que se vai desconfinando". "Tem de haver uma testagem em massa para evitar que tudo volte atrás", disse.

Ainda sobre a testagem no país, Rio criticou o facto de se fazerem "testes aos professores do ensino público e não aos do ensino privado".

"O vírus não passa mais ou menos entre escolas públicas ou privadas. Estamos perante um caso de saúde pública e não de política de educação. Portanto, espero que o Governo venha a emendar esse aspeto e que, assim que as escolas possam voltar a abrir, seja feita [a testagem] nas escolas todas e não apenas em algumas", disse. 

No entanto, Rui Rio revelou que, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "o valor do R [índice de transmissibildiade] teria subido outra vez e estaria acima de 0,9". "Isso, naturalmente, é uma notícia má. Quando o R está acima de 1 significa que a pandemia está a crescer, quando está abaixo de 1 está com tendência a decrescer, mais ou menos rapidamente", acrescentou. E deixou um alerta: "Se o R passa o 1 não há condições para fazer nada. Temos de prestar atenção".