Fenprof considera que concurso de professores vai gerar mais injustiças

Movimento sindical relata que, apesar de ter feito propostas, o Ministério da Educação as rejeitou.

Arrancaram esta quinta-feira os novos concursos para contratação de professores: um interno – para os docentes dos quadros que querem fazer transferência de estabelecimento – e um externo para professores contratados que pretendem ingressar em quadros de zona pedagógica.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) afirma acreditar que o processo dos concursos poderia ter sido melhorado mas que o Ministério da Educação rejeitou discutir quaisquer propostas com o sindicato. O movimento refere que o regresso às aulas presenciais e o anúncio de testagem e de vacinação retirarão ao concurso a sua importância mediática mas que o mesmo continuará a ser “criticável pelo escasso número de vagas que apresenta” e “irá continuar a gerar injustiças, umas porque não foram eliminadas e outras porque foram, entretanto, criadas”, diz em comunicado.

Entre algumas das propostas feitas, a federação pretendia criar grupos de recrutamento de intervenção precoce e de teatro e expressão dramática, realizar um concurso de vinculação extraordinário para docentes do ensino artístico especializado em artes visuais e audiovisuais e alargar os intervalos horários a que candidatam os docentes.

“Nada, absolutamente nada, foi acolhido pelo Ministério da Educação, que preferiu continuar a impor um regime de concursos que irá gerar mais injustiças, quer pervertendo o princípio que deveria ser respeitado (o da graduação profissional), quer desrespeitando docentes, que decide manter em precariedade laboral, quer, ainda, desrespeitando crianças, alunos e famílias, ao não criar os grupos de recrutamento propostos”, explicou. Relativamente ao número de vagas e tendo em conta as aposentações, os números a concurso indicam que existirão menos professores nas escolas.