Suspensão atrasa vacinação duas semanas

Início da vacinação dos professores fica adiada.

Com a suspensão da administração da vacina da AstraZeneca, a vacinação dos doentes de risco prioritários e idosos com mais de 80 anos vai sofrer um atraso de duas semanas. A indicação foi dada pelo coordenador da task-force de vacinação, Henrique Gouveia e Melo. O início da vacinação de professores e pessoal não docente, agendado para o próximo fim de semana, fica adiado até uma decisão. A vacina da AstraZeneca, que até à semana passada em Portugal só tinha indicação para ser dada até aos 65 anos, estava a ser priorizada para pessoas mais jovens, daí ser a opção para vacinar pessoal das escolas, como aconteceu com os médicos. Já os doentes dos grupos prioritários e idosos com mais de 80 anos que agora iam também fazer esta vacina irão receber antes a da Pfizer ou da Moderna. A vacinação destes grupos prioritários vai sofrer um atraso de duas semanas mas a perspetiva da task-force continua a ser concluir a primeira fase de vacinação em  abril, disse Gouveia e Melo.

Portugal recebeu 400 mil doses da vacina da AstraZeneca e metade foram administradas. As restantes ficarão armazenadas até poderem ser utilizadas, indicou ainda o responsável, não antevendo desperdício de vacinas. A segunda dose da vacina da Astra, que é feita com intervalos de 12 semanas, só arranca em maio, pelo que até lá deve haver uma decisão final.

A diretora-geral da Saúde sublinhou que os casos de tromboembolismo reportados são graves mas raros, apelando à tranquilidade dos vacinados. Graça Freitas deixou no entanto o apelo para que quem recebeu esta vacina esteja atento a sintomas como hemorragias e nódoas negras e consulte de imediato o médico.