Portugal espera que vacina da AstraZeneca seja retomada “a curto prazo” pelos países europeus

Governante portuguesa frisou que a decisão de alguns Estados-membros foi tomada para “ganhar o tempo necessário para a Agência Europeia do Medicamento (EMA) fazer a análise”, considerada fundamental, sobre as dúvidas existentes acerca do fármaco. 

Portugal espera que vacina da AstraZeneca seja retomada “a curto prazo” pelos países europeus

Portugal espera que os países europeus que suspenderam "temporária e provisoriamente" o uso da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca retomem a administração "a curto prazo".

"Todos os Estados-membros que optaram por fazer esta suspensão temporária e provisória referiram a sua preocupação em conhecer os resultados da avaliação em curso [pela Agência Europeia do Medicamento], que terminará na quinta-feira, e o seu interesse em alinhar posições com a decisão que resulte desses estudos", declarou a ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, que falou em representação da presidência portuguesa da União Europeia (UE), após a reunião virtual dos ministros de Saúde da UE.

Marta Temido afirmou que os países que optaram por esta interrupção "sublinharam ter-se tratado de uma suspensão provisória (…) em resultado de casos de vários países, que os peritos europeus e nacionais estão a analisar cuidadosamente".

"Esperamos que se retome a curto prazo", adiantou, referindo ainda que espera que a suspensão seja de "apenas alguns dias".

A governante portuguesa frisou também que a decisão de alguns Estados-membros foi tomada para "ganhar o tempo necessário para a EMA fazer a análise, que eles consideraram fundamental, sobre dúvidas que tinham".

"Tomaram as suas decisões e comunicaram-nas com transparência", afirmou, referindo que em causa estão "diferentes decisões", seja em termos da suspensão do uso de alguns lotes ou da interrupção da administração do fármaco.

Já a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, disse ser "muito importante que os cidadãos entendam que, em assuntos relacionados com segurança, [a UE] seguirá a indicação da EMA".