O primeiro-ministro, António Costa, disse, esta quarta-feira, no Parlamento, que o objetivo de ter 70% da população adulta vacinada até ao final do verão se mantém.
Costa disse que o plano de vacinação é “longo” e que, “mesmo sem atrasos, só estaria concluído no final do primeiro trimestre do próximo ano”. Ainda assim, o primeiro-ministro acredita no objetivo inicial de vacinar 70% da população até ao final no verão.
O chefe do Governo recordou que há mais vacinas que podem vir a entrar no mercado europeu e a ser submetidas a avaliação pela Agência Europeia do medicamento (EMA).
“Não podemos usar vacinas não licenciadas”, lembrou, explicando que o “problema não está nas patentes” mas na “capacidade de produção”.
Costa disse ainda que Portugal não produz porque “não há a capacidade de produção de nenhuma dessas vacinas”, admitiu.
Antes da intervenção do primeiro-ministro, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa criticou os atrasos no plano de vacinação, nomeadamente com uma referência aos problemas levantados com a vacina da AstraZeneca, cuja administração está temporariamente suspensa em vários países europeus.
“Não se compreende a resistência, manobras de diversão e pressões políticas que visam limitar a compra de vacinas a determinadas empresas anglo-americanas e só a elas”, criticou Jerónimo de Sousa. “Não há explicação razoável para esta opção”, considerou.
De realçar que no início do debate, Costa anunciou uma “boa notícia” sobre os subsídios de risco. A ministra da Saúde “já mandou processar pagamento aos profissionais de saúde”, estando ainda em falta os outros setores.