Escolha de vacina contra a covid-19 não está prevista

Suspensão atrasou 120 mil vacinas. DGS apela à confiança.

Não está previsto que se venha a poder escolher que dose da vacina se recebe, mantendo-se os planos para uma disponibilização das vacinas em função das recomendações do comité nacional de vacinação e não à escolha. Questionada sobre o que acontece caso alguém não queira fazer a vacina da AstraZeneca, a diretora-geral da Saúde defendeu que esta é uma hipótese que as pessoas não deviam colocar. “A recusa de uma vacina é recusar proteger-se contra uma doença grave. O grande apelo que devemos fazer aos portugueses é que ponderem muito bem antes de recusar. A alternativa é continuarem vulneráveis, suscetíveis e poderem vir a desenvolver uma doença que é potencialmente grave ao ponto de ser letal”, afirmou Graça Freitas.

Ainda não houve num novo balanço sobre recusas de vacinas, que até esta semana eram uma minoria das respostas às convocatórias.

Com o anúncio da retoma do uso da vacina da AstraZeneca, o início da vacinação dos professores e pessoal das escolas que estava marcado para este fim de semana foi remarcado para o próximo. O coordenador da task-force de vacinação, Henrique Gouveia e Melo, revelou que a suspensão desta semana atrasou 120 mil vacinas, apontando a expectativa de que a recuperação seja possível no espaço de uma semana. Portugal vai receber no segundo trimestre menos de metade das vacinas da AstraZeneca que tinham sido negociadas, 1,5 milhões de doses em vez de 4,4 milhões, mais um problema que a nível europeu levou ontem a Comissão Europeia a anunciar que vai acionar o mecanismo de resolução de conflitos para haver uma decisão sobre como fica o contrato com a Astra após “reiterados incumprimentos”.