TAP já transferiu valores para pagamento de salários na Groundforce

Transportadora informou que, “após ter recebido assinados os contratos relativos à aquisição dos equipamentos” de handling da Groundforce, “procedeu hoje às transferências necessárias ao pagamento dos salários em causa”.

A TAP informou, esta sexta-feira, que já procedeu "às transferências necessárias ao pagamento dos salários" na SpDH/Groundforce, depois de ontem terem chegado a um entendimento que desbloqueou provisoriamente o impasse na empresa.

A transportadora aérea assegura, em comunicado, que "processará no dia próprio os pagamentos devidos aos trabalhadores da SPDH (Serviços Portugueses de Handling) e relativos aos salários de março de 2021". Uma decisão tomada "no seguimento do princípio de acordo anunciado ontem ao abrigo do qual a TAP S.A. procederia à aquisição dos equipamentos de handling de propriedade da SPDH, por um montante então anunciado, montante esse necessário e suficiente para que a SPDH pudesse cumprir com o dever de pagamento dos salários dos trabalhadores, correspondentes aos meses de fevereiro e março de 2021, bem como dos impostos correspondentes a este último mês".

Recorde-se que ontem, a Pasogal informou que a TAP e a Groundforce chegaram a um entendimento que permite pagar os salários aos 2400 trabalhadores. 

Fonte oficial do acionista privado – que detém 50,1% da empresa de gestão de bagagens (enquanto os restantes 49,9% do capital pertecem à TAP) – confirmou ao i que o acordo entre as partes prevê que a TAP compre material da Groundforce por sete milhões de euros e subalugue esse mesmo material à empresa de handling, como forma de fazer entrar dinheiro na empresa.

Em comunicado, a empresa de Alfredo Casimiro, presidente da Groundforce, referia que “o acordo alcançado agrada à Groundforce, até porque é muito semelhante ao que a empresa propôs desde o início”, mais precisamente a 1 de março. “A Groundforce está, naturalmente, satisfeita por ter sido possível encontrar uma solução que permita pagar os salários aos trabalhadores e pôr fim à angústia de 2400 famílias”, dizia a nota.