Ensino Superior. Sindicato preocupado com omissão de vacinação de professores

O Governo anunciou as diretrizes da reabertura de ensino superior, sem mencionar a vacinação.

A eventual inclusão dos professores do Ensino Superior nos grupos prioritários do plano de vacinação contra a covid-19 continua a ser uma interrogação no regresso ao ensino presencial, que deverá acontecer no dia 19 de abril. O Governo divulgou este fim de semana as diretrizes para a reabertura de universidades e politécnicos com testagem regular, mas a questão da vacinação não é referida, o que ontem levou o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) a criticar, em comunicado, “um total silêncio do Governo sobre a vacinação no Ensino Superior, havendo apenas orientações vagas sobre a testagem nas universidades e politécnicos”.

Recorde-se que os professores foram incluídos nos grupos pritoritários de vacinação há duas semanas. Segundo a norma da DGS, passaram a ser abrangidos “profissionais dos estabelecimentos de educação e de ensino e respostas sociais de apoio à infância”. Mas até aqui só foi programada a vacinação de professores do ensino obrigatório, que deverá arrancar no próximo fim de semana.

Em declarações ao i, Mariana Gaio Alves, presidente do SNESup, começou por saudar a medida da testagem regular nas universidades e politécnicos, que diz ver “com agrado”, porque “é um elemento importante para garantir maior segurança a partir de 19 de abril”. Ainda assim, a líder sindical garante continuar a sentir “preocupação” com o facto de serem omitidas as indicações sobre a vacinação de docentes. “Consideramos incompreensível como é que não há uma previsão de quando pode acontecer a vacinação destes profissionais”, afirma, realçando a média etária do pessoal docente como um elemento que deveria ser tomado em conta neste processo. “Estamos a falar de pessoas com uma média etária bastante alta, por isso seria lógico fazerem parte dos grupos prioritários”, defendeu.

Mariana Gaio Alves aproveitou ainda para relembrar que “a esmagadora maioria da oferta formativa universitária é presencial”, considerando “incompreensível” que, com o regresso a 19 de abril, “não se preveja a inclusão dos professores nestes grupos prioritários”.