Facilitar na semana da Páscoa é “morrer na praia, depois do trabalho e do sacrifício”, alerta Marcelo

Presidente avisa que é preciso evitar que os casos de covid-19 voltem a aumentar em Portugal.

Facilitar na semana da Páscoa é “morrer na praia, depois do trabalho e do sacrifício”, alerta Marcelo

O Presidente da República considerou, este sábado, que os portugueses não podem “facilitar” na semana da Páscoa, alertando que os casos de covid-19 podem aumentar novamente no país depois de tanto “trabalho” e “sacrifício”.

"As pessoas têm de perceber porque é que fundamental que corra bem a Páscoa, é fundamental para elas. Eu sei que estão cansadíssimas, que estão fartas, que querem ir para férias, tudo isso é compreensível", disse Marcelo aos jornalistas, no final de uma iniciativa em Belém, depois de ser questionado sobre o facto de muitos portugueses terem contornado as regras, saindo da sua zona de residência antes de entrar em vigor a proibição de circulação entre concelhos.

Contudo, o chefe de Estado alertou para uma subida de casos na Europa.

"Temos de evitar que isso venha a acontecer em Portugal e a melhor maneira de começar é, nesta semana de Páscoa, não facilitando. Porque facilitar é um bocadinho o morrer na praia, depois do trabalho e do sacrifício todo. Se há outra vez o disparar do R, dos casos, dos internamentos, é uma sensação de frustração", sublinhou, reforçando que um esforço na próxima semana poderá “valer muito tempo ganho no verão, no outono, na vida das pessoas, no emprego, nos salários”.

"Se as pessoas não percebem isso, porque estão muito fartas e cansadas, podem correr o risco de criar uma situação que é uma situação dispensável. Estamos ir tão bem, porque é que havemos de passar de tão bem para tão mal?", questionou.