Teletrabalho. PCP pede 11 euros por dia em ajudas de custo

O partido considera que os instrumentos de trabalho, a sua instalação e acomodação devem ser “fornecidos pela entidade patronal”, e que deve ser assegurado um “posto de trabalho na empresa”.

O PCP defende que os trabalhadores em teletrabalho devem ser compensados pelos “gastos acrescidos” com comunicações, eletricidade e água, entre outros.

Os comunistas avançaram com uma proposta para que os patrões assumam um valor de ajudas de custo de 2,5% do IAS por dia, que dá cerca de 11 euros por dia.

O partido considera que os instrumentos de trabalho, a sua instalação e acomodação devem ser “fornecidos pela entidade patronal”, e que deve ser assegurado um “posto de trabalho na empresa”.

Segundo a proposta comunista, os trabalhadores podem rejeitar a proposta de teletrabalho e devem cumprir um horário de trabalho que “não se inicie antes das 08:00 e não termine depois das 19:00”.

“Para o PCP, não está em causa o aproveitamento das novas tecnologias ao serviço do desenvolvimento e da melhoria das condições de trabalho e de vida. O que está em causa, como várias vezes a vida tem demonstrado, é o aproveitamento por parte do grande capital para criar ilusões e fragilizar os trabalhadores ou reduzir direitos”, prossegue o comunicado.

O partido denuncia que este regime causou “pressão para alargamento de horários, ritmos de trabalho, disponibilidade permanentes” e a “transferência para os trabalhadores” de vários custos, bem como a “invasão da privacidade e intimidade dos trabalhadores”.

São também apontados problemas como a ameaça do fim de algumas componentes da remuneração, como subsídios de refeição e de transportes, a “desresponsabilização das questões de segurança e saúde no trabalho”, e o isolamento dos trabalhadores.