Acidentes rodoviários diminuíram em cerca de 25% e mortos baixaram 20% em 2020

Mas há distritos onde o número de vítimas mortais aumentou.

Os acidentes rodoviários com vítimas diminuíram cerca de 25% em 2020 face ao ano anterior, e os óbitos e os feridos graves também registaram uma redução, cerca de 20%, segundo o relatório anual divulgado esta segunda-feira.

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviário (ANSR) apresentou o relatório de sinistralidade a 24 horas e fiscalização rodoviária relativo a 2020, um ano marcado pela pandemia de covid-19 e pelas consequentes restrições, que tiveram consequências óbvias na mobilidade.

Veja-se por exemplo, a quebra de 14,4% no consumo de combustível rodoviário em 2020 face a 2019.

No ano passado registou-se “uma redução substancial nas principais variáveis de sinistralidade rodoviária relativamente ao ano anterior", lê-se no documento que indica que se registaram menos 9.526 acidentes (-25,6%), menos 116 vítimas mortais (-22,3%), menos 536 feridos graves (-21,2%) e menos 12.882 feridos leves (-28,7%).

A Segurança Rodoviária destaca que esta evolução positiva ocorreu tanto no Continente como nas Regiões Autónomas no que respeita às variações registadas pelos diferentes indicadores de sinistralidade.

Segundo o relatório, ocorreram no território continental 26.501 acidentes com vítimas em 2020, dos quais resultaram 390 mortos ocorridas no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde, 1.829 feridos graves e 30.706 feridos ligeiros.

Apesar dos dados serem significativamente positivos, nem todos os distritos revelaram uma melhoria, em Viana do Castelo, Leiria, Lisboa e Santarém registaram uma subida no número de vítimas mortais na contabilidade anual.

Segundo o relatório, os acidentes no distrito de Viana do Castelo provocaram 21 mortos em 2020, mais 10 do que em 2019 (+90,9%), em Leiria registaram-se 29 mortos, mais cinco (20,8%), em Lisboa morreram 54, mais 4 (8%), e em Santarém verificaram-se 34 mortos, mais dois (6,3%), enquanto em Castelo Branco os feridos graves aumentaram 25%, passando de 68 para 85.