Marcelo afasta cenário de crise política e deixa apelo aos portugueses para evitar quarta vaga

O chefe de Estado explica que promulgou o reforço dos apoios sociais para “salvar” o próximo Orçamento do Estado e sublinha que o seu papel foi e será sempre conciliador. Sobre a pandemia, diz que é preciso fazer tudo para o Rt não subir.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou um apelo aos portugueses, no final de uma visita a um lar em Lisboa, este sábado

"Façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para que o Rt não suba, que façamos tudo o que está ao nosso alcance para que o número de casos não suba", começou por dizer Marcelo.

No dia em que antecede o domingo de Páscoa, o Presidente sublinhou que é preciso ter especial atenção nos próximos dias para a evolução da pandemia.

Para o chefe de Estado, este é um momento decisivo para que "abril corra bem" e para que Portugal não entre numa "quarta fase", como já acontece em alguns países europeus.

Questionado a polémica dos apoios sociais, Marcelo afastou um cenário de crise política e defendeu que para dificuldades já basta a situação “pandémica e social" que o País atravessa. Fez ainda questão de sublinhar que o seu papel será sempre conciliador.

Marcelo revelou que a promulgação dos três diplomas que reforçam os apoios sociais e que aumentam a despesa, para lá do limite do Orçamento, foi decidida a pensar "numa salvação preventiva" do Orçamento do Estado para 2022.

"Não é apenas haver uma negociação e uma decisão que viabilize o Orçamento. É haver um Orçamento. Temos um Plano de Recuperação e Resiliência e um país numa crise económica e social profunda. Os próximos dois Orçamentos são fundamentais para o Governo chegar a 2023. Senão, não chega. Ninguém lucra com uma crise", explicou ainda.

E acrescentou: "Não há crise nenhuma. Vou continuar com esta orientação para salvar Orçamentos do Estado, em nome da estabilidade, para salvar leis, por razões da crise, desde que isso não violente a Constituição".