Costa anuncia testagem massiva nos concelhos de risco e pede cuidados extra nas esplanadas

Primeiro-ministro admite país a duas velocidades de desconfinamento e concelhos de maior risco vão ter reforço de fiscalização. Sobre a Astrazeneca remeteu posição para depois de haver parecer oficial, mas admitiu que “se houver um berbicacho haverá consequências no processo de vacinação”.

Costa anuncia testagem massiva nos concelhos de risco e pede cuidados extra nas esplanadas

O primeiro-ministro revelou, esta terça-feira, novas medidas nos concelhos de maior risco e apelou a que os portugueses tenham o “máximo cuidado”, em especial nas esplanadas. António Costa esclareceu ainda que é possível que o país tenha várias velocidades no desconfinamento.

"Apelo a todos mais uma vez para que tenhamos o máximo cuidado e assim evitar que daqui a 15 dias tenhamos de tomar medidas que signifiquem um passo atrás", sublinhou Costa, sugerindo a quem está nas esplanadas para tomarem café à vez, para não estarem várias pessoas sem máscara em simultâneo.

As declarações do primeiro-ministro foram feitas depois de uma reunião com os autarcas dos concelhos com maior incidência de covid-19, nos quais vai prosseguir o plano de desconfinamento, embora com reforço de fiscalização e testagem em massa.

"Durante os próximos 15 dias haverá um reforço dos efetivos da GNR ou PSP nos concelhos que têm mais de 120 casos por 100 mil habitantes, tendo em vista reforçar as ações de fiscalização", anunciou.

António Costa fez ainda questão de sublinhar que o plano do Governo contemplou desde o início a possibilidade de haver várias velocidades de desconfinamento no país

Questionado sobre a vacina da Astrazeneca, após um responsável da Agência Europeia do Medicamento ter admitido uma ligação entre o fármaco e os coágulos, Costa adiantou que Portugal só vai tomar uma posição após a divulgação do parecer oficial do regulador europeu. Mas admitiu: “Se houver um berbicacho haverá consequências no processo de vacinação”.

Acerca da eventual tensão com o Presidente da República, sobre a polémica da contitucionalidade ou não dos apoios sociais, o primeiro-ministro revelou que ainda este fim de semana falou com Marcelo Rebelo de Sousa para desejarem “boa Páscoa” um ao outro e garantiu que “a conversa correu bem, sem problema pessoal ou institucional”. “É um não caso”, acrescentou.