Madeira poderá vir a usar cães para detetar infetados com covid-19 no aeroporto

O Governo regional anunciou que está a desenvolver um projeto que utiliza cães farejadores para detetar pessoas infetadas com o novo coronavírus.

Miguel Albuquerque, presidente do Governo regional da Madeira, anunciou que o Executivo do arquipélago tem em mãos um projeto, ainda em fase de ensaio, que pretende utilizar cães farejadores no aeroporto do Funchal, para identificar passageiros infetados com o novo coronavírus.

"Estes cães estão dotados da capacidade de detetar se a pessoa é portadora ou não portadora do vírus", começou por explicar Miguel Albuquerque, que confessou ainda que, se o projeto tiver sucesso, o Executivo regional poderá mesmo deixar de pedir a apresentação de teste PCR negativo no momento de entrada na região.

"Já estão a utilizar [cães farejadores] em alguns países e nós queremos fazer um ensaio aqui na Madeira", continuou o presidente do Governo regional, mantendo-se otimista, mas também realista sobre o projeto: "Vamos fazer esse ensaio piloto. Não vamos generalizar, mas é um ensaio piloto que pode resultar. É algo que nós queremos experimentar."

O arquipélago da Madeira, com os seus 260 mil habitantes, regista 350 casos ativos de covid-19, num universo total de 8.466 casos confirmados desde o início da pandemia, lamentando-se 71 óbitos associados à doença, conforme dados da Direção Regional de Saúde.