Costa respeita parecer da EMA e pede resposta coordenada dos Estados-membros

Primeiro-ministro diz que devem evitar-se decisões unilaterais.

Costa respeita parecer da EMA e pede resposta coordenada dos Estados-membros

Depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) confirmar, esta segunda-feira, uma possível ligação entre vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e a formação de coágulos, mas considera que os benefícios superam os riscos, o primeiro-ministro, António Costa, disse respeitar o “parecer técnico” do regulador europeu.

“Pela minha parte só tenho a dizer que se os técnicos entendem que assim é, só tenho a dizer ‘muito bem'”, disse Costa, referindo que “infelizmente não é especialista em vacinas” e, portanto, “não toma decisões que cabem aos técnicos”. 

O chefe do Executivo socialista lembrou que os ministros da Saúde da União Europeia vão reunir-se ainda esta tarde para construírem uma resposta coordenada e considerou que "todos os Estados-membros devem respeitar as decisões da EMA e evitar tomar decisões unilaterais".

“É fundamental que, ao menos na UE, haja uma atuação coordenada”, considerou.

Sobre a continuação da vacinação de professores e pessoal não docente, o primeiro-ministro disse esperar que “no próximo fim de semana nada se perturbe com as decisões da Agência Europeia do Medicamento” para que se prossiga o processo. 

Costa, que falou aos jornalistas à margem de uma visita a uma escola em Vila Real, aproveitou ainda o momento para apelar, mais uma vez, que as pessoas que frequentam as esplanadas utilizem máscaras e as removam "apenas quando estão a tomar o café".

"Se querem ficar a conviver e a conversar, podem fazê-lo com máscara", assinalou.

"O vírus não anda sozinho, cada um de nós transporta-o", disse, lembrando que há muitos casos assintomáticos.

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