Suspeito de dezenas de assaltos diz em tribunal que não se lembrava de nada devido a medicação

Homem alegou que não se lembrava dos assaltos porque “tomava um comprimido que o fazia esquecer-se das coisas”. 

Um homem, de 55 anos, acusado de mais de 20 furtos, disse, esta quarta-feira no Tribunal de Aveiro, que não se lembrava dos assaltos devido a medicação.

O arguido, que começou hoje a ser julgado juntamente com outros dois homens, de 19 e 51 anos, está acusado de 26 crimes de furto, maioritariamente em residências e lavandarias 'self-service'.

O homem alegou que não se lembrava de nada, porque "tomava um comprimido que o fazia esquecer-se das coisas", segundo a agência Lusa. "Ao outro dia acordava com os bolsos cheios de tabaco e de moedas e não me lembrava de onde vinham", disse.

Contudo, após insistência da juíza presidente, o arguido acabou por admitir roubava para comprar droga.

Os factos ocorreram entre 2017 e 2018. O MP acusa o arguido de uma dezena de assaltos a lavandarias 'self-service', retirando as moedas existentes nos moedeiros e nas máquinas de trocos, e de vários assaltos a residências.

O homem é ainda suspeito de ameaçar o funcionário de um supermercado com uma navalha quando foi surpreendido a tirar dinheiro da caixa registadora. Numa outra situação, terá furtado uma viatura automóvel que estava estacionada na via pública e usou-a para partir a montra de um posto de abastecimento de combustíveis. No entanto, surpreendido pelo alarme, acabou por fugir do local.

Os outros dois arguidos estão acusados pela prática de um crime de furto, cada um, em coautoria com o principal arguido.