Caso de corrupção que envolve autarca de Vila Real de Santo António tem afinal oito arguidos

Juiz referiu cinco arguidos, mas PGR confirmou um total de oito indiciados na Operação Triângulo.

O processo por corrupção que levou à detenção da presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, assim como a de outras três pessoas, tem agora um total de oito arguidos, confirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR), à agência Lusa.

A questão sobre o número exato de arguidos surgiu após o juiz presidente da Comarca de Évora ter informado que existiam cinco arguidos, na noite de quinta-feira, e o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora ter avançado em comunicado que são oito os arguidos no processo.

"O inquérito tem oito arguidos constituídos, um dos quais uma pessoa coletiva. Um dos quatro arguidos detidos e presentes ao juiz de Instrução Criminal é o representante legal da pessoa coletiva. Assim, a diligência que ontem [quinta-feira] terminou respeitou a cinco arguidos: os quatro detidos e a pessoas coletiva. Para além destes, o inquérito tem mais três arguidos", esclareceu a PGR à Lusa, sem revelar os nomes ou os crimes de que estão indiciados os restantes três arguidos.

Sublinhe-se que a autarca de Vila Real de Santo António (Faro), que entretanto renunciou ao cargo, e outros três arguidos da Operação Triângulo saíram em liberdade, na quinta-feira à noite, após dois dias de interrogatórios e diligências no Tribunal de Instrução Criminal de Évora, tendo ficado proibidos de contactar entre si e com o deputado António Gameiro.

Entre os arguidos indicados pelo magistrado de Évora estavam a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, o empresário Carlos Alberto Casimiro de Matos, não só a título individual, mas também na qualidade de representante legal da Sociedade Saint Germain – Empreendimentos Imobiliários SA, João Faustino Ribeiro e José Maria Mateus Cavaco Silva.

A autarca é suspeita de "um crime de corrupção passiva de titular de cargo político" e de "um crime de prevaricação de titular de cargo político", disse na altura o juiz.