Política: convicções e calculismo

 Resta-nos a consolação de saber que os políticos muito calculistas não duram hoje demasiado. 

Alguma imprensa diz que Rui Rio teme os efeitos eleitorais de uma aliança do PSD com a extrema-direita. E o primeiro partido de que se fala, por o seu líder ser de extrema-direita e muito ignorante, é o tal Basta ou coisa que o valha.

Vai daí, começou a maçar os dirigentes açorianos do seu partido, pela aliança pós-eleitoral com o Chega.

A ser isto inteiramente verdade, ficamos com uma ideia da força das convicções políticas de Rio. Resta-nos a consolação de saber que os políticos muito calculistas não duram hoje demasiado. Mas qualquer tempo parece demasiado para os aturar e sofrer. Embora certas convicções também nos pareçam pior ainda.

De qualquer maneira, entretanto Rio vai fazendo para as autárquicas alianças nacionais com figuras como Oliveira (importante acionista do FCP) em Gaia, com uma candidata pior, uma Suzana Garcia feiosa, na Amadora (que mistura um discurso à Chega com umas desculpas esfarrapadas do PSD para a ter como candidata autárquica, mas reconhecer que não serve para deputada), e com o já condenado Isaltino (para quem o PSD não concorrer ali é já uma grande ajuda), que tinha sido devidamente corrido por Marques Mendes (em cujas convicções havia menos calculismo), em Oeiras. E nem interessa ouvir ou comentar as suas tristíssimas explicações.