Portugal vai começar a vacinar pessoas entre os 16 e os 79 anos

Pessoas com menos de 60 anos só vão receber uma dose “independentemente de ser uma vacina com esquema vacinal de uma ou duas doses”. Pessoas recuperadas do vírus “há pelo menos seis meses” também serão vacinadas.

Portugal vai começar a vacinar pessoas entre os 16 e os 79 anos

A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou, esta quinta-feira, as normas de vacinação contra a covid-19 e irá começar a vacinar pessoas com idades entre os 16 e os 79 anos. Em causa está uma maior disponibilidade de doses.

“O Plano de Vacinação é dinâmico, evolutivo e adaptável à evolução do conhecimento científico e à calendarização da chegada a Portugal das diferentes vacinas contra a Covid-19”, lê-se num comunicado. O objetivo é “salvar vidas, através da redução da mortalidade e dos internamentos” e “preservar a resiliência do sistema de saúde e do sistema de resposta à pandemia e do Estado”.

Nesta segunda fase do plano de vacinação irá haver duas estratégias. “A vacinação por faixas etárias decrescentes, até aos 16 anos, e de pessoas com 16 ou mais anos e que tenham doenças com risco acrescido de covid-19 grave ou morte”, explica a DGS.

Assim, pessoas com diabetes obesidade grave, doença oncológica ativa, transplantação e imunossupressão, doenças neurológicas graves e doenças mentais terão prioridade, independentemente da idade.

Na segunda fase serão também vacinadas as pessoas que recuperaram da doença “há pelo menos seis meses”, seguindo “o grupo prioritário ou a faixa etária a que pertencem”. Nesta fase continua a vacinação dos trabalhadores de áreas essenciais do Estado.

Outra mudança na estratégia de vacinação está relacionada com o número de doses administradas. Agora as pessoas com menos de 60 anos só vão receber uma dose “independentemente de ser uma vacina com esquema vacinal de uma ou duas doses”.

As duas doses continuarão a ser administradas a pessoas que recuperaram da infeção e que apresentem condições de imunossupressão.

Na lista de grupos prioritários passam a estar incluídas as pessoas com neoplasia maligna ativa (cancro), os transplantados e candidatos a transplante, e os que sofrem de imunossupressão. Além de doentes com patologias neurológicas, mentais, cardiovasculares, hepáticas crónicas, pulmonares crónicas ou quem sofra de diabetes ou de obesidade terá prioridade.