Sócrates e o Ticão

Para sossegar todos os espíritos, basta saber que o trabalho de Ivo Rosa, apesar de ter saído muito caro aos contribuintes (que agradeceriam acabar com a gracinha de tais juízes), já não interessa para nada.

Claro que qualquer decisão sobre Sócrates iria sempre causar polémica, nas actuais circunstâncias. Apesar de ele estar longe de ser considerado inocente por qualquer cidadão que não lhe seja totalmente afecto, mesmo  no PS.

Mas não foram acusadas outras pessoas de que estávamos à espera. Claro que depois de 7 anos de investigação, era natural esperar mais. Claro que devemos considerar como culpado da nossa decepção o Ministério Público também (e não apenas Sócrates e Rosa), que parece ter-se habituado sobretudo a fazer os seus julgamentos nos jornais, pelas suas convicções solitárias, e depois parece trabalhar pouco.

Isso não significa ficarmos satisfeitos com o resultado anunciado por Ivo Rosa para o caso Marquês, como bem se viu pela quase unanimidade gerada. Até pode ser que neste caso o principal responsável pelos resultados não sejam os 2 polémicos juízes, mas sim o MP, que se manteve muito tempo estranhamente calado neste assunto, enquanto s investigações escorregavam para os jornais. Ainda bem que o Governo tenciona acabar com os malfadados megaprocessos, impossíveis sequer de se lerem uma vez, e só amados, aparentemente, pela gente do MP.

E talvez também com o TICÃO tal como ele é, especialmente polémico com estes 2 juízes, que só um (qualquer deles) agrada a pessoas ideologicamente cegas (que subscrevem tudo de um único deles) – que, infelizmente são muitas. Pelo menos nos actuais moldes destes 2 juízes inqualificáveis.

Para sossegar todos os espíritos, basta saber que o trabalho de Ivo Rosa, apesar de ter saído muito caro aos contribuintes (que agradeceriam acabar com a gracinha de tais juízes), já não interessa para nada. Vai ser a Relação a decidir a questão, depois de mais 2 prazos (parece que a primeira sentença ainda é dele, por muito que isso custe acreditar ao cidadão comum que o paga). Aguarde-se pois que se faça a nossa Justiça, tal como ela é.