Jerónimo Martins. Lucro sobe 66% para 58 milhões de euros

Vendas do Pingo Doce caíram 0,8% para os 929 milhões de euros.

A Jerónimo Martins registou uma crescimento de 66% do lucro para os 58 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, com as vendas totais do grupo a conseguirem um aumento de 1,5% para 4786 milhões de euros no mesmo período.

O crescimento segue à boleia do bom desempenho do negócio polaco da Biedronka. Em comunicado, a retalhista informa que a Biedronka conseguiu vendas de 3388 milhões de euros, um aumento de quase 4% face ao mesmo trimestre do ano passado.

“As medidas de confinamento, embora com impacto negativo nas compras de impulso, beneficiaram as vendas a retalho, já que o encerramento dos restaurantes e escolas se traduziu num aumento do número de refeições em casa”, explica a Jerónimo Martins.

Em Portugal, a vendas do Pingo Doce as vendas totais atingiram os 929 milhões de euros, registando uma redução de 0,8%, quebra justificada com o desempenho negativo dos postos de gasolina.

A empresa diz ainda que “o consumo permaneceu pouco dinâmico” no caso do Pingo Doce e a inflação alimentar desacelerou em relação aos meses anteriores, tendo-se cifrado em 0,9% nestes primeiros três meses do ano. Além disso, o Pingo Doce “continuou a ser impactado pelo limite imposto ao número de pessoas dentro das lojas”. No entanto, no mês de março, o desempenho já foi positivo.

Em relação ao Recheio, as vendas alcançaram os 173 milhões de euros, uma redução de 19% em relação ao primeiro trimestre de 2020. “O encerramento dos restaurantes e cafés a partir de meados de janeiro impactou o desempenho do segmento HoReCa, tendo a insígnia conseguido manter a tendência de crescimento no retalho tradicional”, lê-se na nota.

A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos lembra que “o ano de 2021 iniciou-se sob uma nova onda de infeções por Covid-19 a impactar principalmente a Polónia e Portugal”, por isso “as perspetivas macroeconómicas para 2021 estão intrinsecamente associadas à evolução do cenário pandémico ao nível mundial e também de cada país, e ao progresso da vacinação em larga escala”.

Neste contexto, o grupo antecipa “que o ano permaneça marcado por elevada falta de visibilidade no que respeita à gestão do combate à pandemia nos países em que estamos presentes e aos respetivos impactos nos mercados e no comportamento dos consumidores”.