PSD/Amadora reafirma confiança em Suzana Garcia após pugnar “pelo fim de Chega e do BE”

Após declarações, o deputado do BE Fabian Figueiredo criticou a candidata, exigindo ao líder do PSD, Rui Rio, que reconsidere a escolha para a Câmara da Amadora e encontre outro candidato. 

A concelhia do PSD da Amadora reafirmou, esta quinta-feira, a sua confiança na candidata Suzana Garcia após as declarações polémicas que proferiu ontem na entrevista com Manuel Luís Goucha na TVI.

Em causa estão afirmações que a advogada disse sobre o partido Bloco de Esquerda (BE), ao ter desejado que o mesmo fosse “exterminado”.

Após estas declarações, o deputado do BE Fabian Figueiredo criticou a candidata, exigindo ao lider do PSD, Rui Rio, que reconsidere a escolha para a Câmara da Amadora e encontre outro candidato, já que Garcia "não tem espaço no campo democrático" por ter desejado que o Bloco "seja exterminado”.

"A candidata escolhida pelo doutor Rui Rio para encabeçar a lista do PSD à Câmara Municipal da Amadora introduziu o discurso de ódio e incitamento à violência na campanha autárquica. Isso é profundamente inaceitável", argumentou, em declarações à Lusa, Fabian Figueiredo.

Hoje, a concelhia do PSD da Amadora já respondeu às alegações do deputado e, em comunicado, repudiou "firmemente as interpretações desonestas feitas pelo deputado Fabian Figueiredo", ao assinalar a sua confiança em Suzana Garcia como a candidata do partido para as próximas eleições autárquicas.

Na entrevista, a advogada e ex-comentadora criminal da TVI condenou o Bloco de Esquerda e o Chega, considerando-os extremismos políticos, pugnando pelo fim dos dois partidos.

“Qualquer pessoa percebe que o que a candidata Suzana Garcia quer dizer é que deseja que o BE tenha uma pesada derrota eleitoral nas próximas eleições. Qualquer outra interpretação (ainda por cima com recurso à extração de frases truncadas) constitui um exercício intelectual e politicamente desonesto", salientou a concelhia no comunicado.

Por outro lado, na consideração da concelhia do PSD, o BE "não tem o monopólio do uso das metáforas na linguagem nem é o dono do discurso autorizado".

Já na perspetiva do deputado do BE, "as eleições autárquicas não podem ser palco nem espaço nem território para a proliferação do discurso de ódio ou do incitamento à violência".

"E, ao contrário de alguns deputados e dirigentes do Bloco de Esquerda, não foi o PSD quem alguma vez gritou em desfiles na Avenida da Liberdade pela morte do presidente do Brasil ou de qualquer líder político. Na política importa, acima de tudo, honrar a verdade", evidenciou.

A concelhia do PSD ainda destacou que Suzana Garcia representa "uma aposta na alteração profunda da paisagem política portuguesa num dos concelhos mais importantes da Área Metropolitana de Lisboa", ao sublinhar que o partido social-democrata está "mobilizado e entusiasmado" com a sua candidatura.