Penas de prisão e multas a arguidos envolvidos em luta numa discoteca em Santa Maria da Feira

O caso ocorreu no interior de uma discoteca, quando dois grupos se agrediram, obrigando a equipa de segurança a intervir.

Todos os arguidos envolvidos numa rixa entre dois grupos numa discoteca, que terminou com três pessoas baleadas e outra esfaqueada, foram condenados, esta quinta-feira, pelo Tribunal de Santa Maria da Feira, em Aveiro.

O caso ocorreu no interior de uma discoteca, situada em Nogueira da Regedoura, na madrugada de 8 de junho de 2019, quando dois grupos se agrediram, obrigando a equipa de segurança a intervir. No desacato, uma pessoa foi esfaqueada e três baleadas. 

Um homem de 45 anos, acusado de ter esfaqueado um cliente da discoteca, recebeu a pena mais gravosa, tendo sido condenado a seis anos de prisão por crime de homicídio na forma tentada e ainda terá de pagar uma indemnização de 30 mil euros à vítima.

Já o irmão da pessoa esfaqueada, acusado de ter baleado três pessoas, foi condenado a quatros anos de prisão efetiva, em cúmulo jurídico, por dois crimes de ofensa à integridade física, dois de detenção de arma proibida e um de coação.

Em relação a um outro arguido, também acusado de ter disparado várias balas, sem alvejar ninguém, foi absolvido de cinco crime de homicídio na forma tentada, tendo sido condenado a um ano e três meses de prisão efetiva, por um crime de detenção de arma proibida.

O Tribunal de Santa Maria da Feira ainda condenou um quarto arguido a 120 dias de multa à taxa diária de cinco euros, convergindo no total a 600 euros, por um crime de ofensa à integridade física simples.

Na sequência dos desacatos, um dos arguidos esfaqueou um cliente. Ao aperceber-se do acontecimento, o irmão do ferido deslocou-se ao seu carro e retirou uma arma de fogo, disparando-a em direção dos seguranças e das outras pessoas que estavam perto da porta de emergência, atingindo três delas.

A acusação ainda referiu que um dos indivíduos que foi alvejado numa perna e num braço, muniu-se de uma arma e disparou em direção a um grupo de raparigas, sem conseguir atingir ninguém.

Este arguido, em julgamento, que chegou a ser associado ao grupo de seguranças da discoteca, dado que não foi confirmado, negou ter sido o autor destes disparos.

"Eu não fiz mal a ninguém. Sabia que o que aconteceu não era para mim. Estava a socorrer uma pessoa e acabaram por atingir-me", explicou o arguido, ao dizer que também não trazia nenhuma arma consigo.