Estados de emergência e confinamentos a terminarem

Será possível haver Economia sem pessoas? Não será preferível tratar bem primeiro a Saúde Pública, por muito que custe a certos negócios, que de qualquer modo não devem ir longe?

Porque será que nisto da Saúde Pública nunca me sinto de acordo com ninguém? Lembro-me sempre da frase sobre a guerra: para dizer que ela é demasiado importante para ser deixada nas mãos dos militares. De resto, estou de acordo com isso que diz ser a guerra a política ou a política diplomática por outros meios.

Também me parece que a Saúde Pública é demasiado importante para ser deixada nas mãos dos técnicos de saúde, embora devam ser tão ouvidos e tidos em consideração, como os militares na guerra.

Já se viu que um bom oficial militar é extraordinário na organização, incluindo para dar vacinas. E que os técnicos de saúde fazem contas pequeninas às vidas, para concluírem que uma vacina mesmo que seja precipitadamente má, e que mate, se matar menos do que a doença que visa, é fantástica.

Depois pede-se aos políticos que ponderem tudo. O que me parece estúpido da parte destes, na actual pandemia, é ver que quem está sobretudo contra os Estados de Emergência são os clandestinos, que não votam. De resto, compreendo que eles se vejam aflitos, quando vêem os números económicos. Eles, e muitos negociantes de cá, ou esta gente que não é negociante mas se vê sem trabalho, e acha isso mais preocupante do que a Saúde Pública. Mas será possível haver Economia sem pessoas? Não será preferível tratar bem primeiro a Saúde Pública, por muito que custe a certos negócios, que de qualquer modo não devem ir longe?

É que me parece ver o Governo muito favorável ao funcionamento da Economia, e até mais do que à salvaguarda da Saúde Pública. Sobretudo porque nem sempre as suas palavras correspondem aos seus actos (e não estou a pensar apenas nos desditos da directora-geral da Saúde. Houve outras pessoas a falarem na necessidade de um RT de 0,6.e agora se contentam com ele à volta da 1. Veja-se o que se tem passado por exemplo com as testagens dos nossos conhecidos.

Mas caminhemos alegremente para o fim do Estado de Emergência (esse até já está acabado) e de qualquer espécie de confinamento. E esperemos que isso não nos traga tristezas acrescentadas.