Governo esclarece que só vai requisitar “zona não privada” do Zmar

A decisão do Governo de decretar a requisição civil temporária dos alojamentos do Zmar para albergar pessoas que necessitem de confinamento obrigatório ou isolamento profilático em Odemira gerou contestação. O MAI já respondeu.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse, esta terça-feira, que os migrantes transferidos para o eco resort Zmar irão permanecer “na zona não privada do parque de campismo”.

“Não tem nenhum sentido tanta coisa que vi por aí dita”, começou por dizer o governante, em declarações aos jornalistas. “O Estado é o maior credor do Zmar”, acrescentou, comentando assim a decisão do Governo de decretar a requisição civil temporária dos alojamentos do Zmar para albergar pessoas que necessitem de confinamento obrigatório ou isolamento profilático.

Eduardo Cabrita destacou ainda que a Base Aérea de Beja e a Base Naval do Alfeite estão “à disposição de Odemira” e adiantou que a Pousada da Juventude vai receber “pessoas positivas assintomáticas que não tenham condições de permanência no seu local de alojamento” e, por sua vez, os casos negativos “poderão ser colocados na residência de estudantes de Odemira”.

Cabrita garantiu que o Executivo está atento às condições laborais e de vida dos migrantes em Odemira, mas sublinhou que agora a “prioridade é a saúde pública”.

O governante fez ainda uma avaliação positiva do impacto da cerca sanitária das freguesias de São Teotónio e Longueira-Almograve e revelou que foram realizados 11 mil testes no último mês no concelho, que já completou a vacinação de praticamente todos os cidadãos com mais de 60 anos.

“A evolução prova que estamos no caminho certo e temos que manter esta resiliência que reduz a incidência para menos de metade nestas duas freguesias", disse, remetendo a decisão do levantamento das cercas para o Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Recorde-se que Governo decidiu decretar uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e de Almograve, no concelho de Odemira, devido à elevada incidência de casos de covid-19, sobretudo em trabalhadores do setor agrícola.