Administração do Zmar teme que requisição civil do Governo “torne irremediável a liquidação da empresa”

Para a administração, o alojamento de cidadãos “torna incompatível a normal utilização” do complexo turístico. 

A administração da Massa Insolvente da MULTIPARQUES, que gere o complexo turístico Zmar Eco Experience, afirmou, esta terça-feira, que a requisição civil decretada pelo Governo “veio procurar um grande desânimo entre os trabalhadores”, que temem que esta decisão “torne irremediável a liquidação da empresa e consequente a extinção de mais de 100 postos de trabalho”.

 “Após a situação pandémica que obrigou ao encerramento do Zmar e após a declaração de insolvência, a requisição civil veio provocar um grande desânimo entre os trabalhadores do Zmar que temem que esta decisão do governo torne irremediável a liquidação da empresa e consequente a extinção de mais de 100 postos de trabalho, uma vez que ainda não há previsão de quanto tempo o espaço será objecto da requisição civil”, lê-se num comunicado.

A empresa afirma ainda que “tinha dado indicações aos seus trabalhadores para retomarem os seus postos de trabalho no dia 3 de maio de forma a preparar a abertura, situação que teve de ser adiada” devido à cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e de Almograve, no concelho de Odemira, face à elevada incidência de casos de covid-19.  

Para a administração, o alojamento de cidadãos “torna incompatível a normal utilização” do complexo turístico, motivo pelo qual, em articulação com os proprietários, “não prescinde de, na sede própria, fazer valer os direitos colocados em crise pela referida requisição civil”. 

De realçar que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse, também esta terça-feira, a pousada vai receber pessoas com covid-19 assintomáticas que "não tenham condições de permanência no seu local de alojamento", cuja mudança "cabe às autoridades de saúde" e que os migrantes transferidos para o Zmar irão permanecer “na zona não privada do parque de campismo”.

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