“João Galamba tornou-se um cowboy do teclado no Twitter”

Em causa estão as declarações do secretário de Estado Adjunto e da Energia depois de se ter referido ao programa Sexta às 9, da RTP, como “estrume” e “coisa asquerosa”, numa resposta a um post de um utilizador do Twitter.

Miguel Poaires Maduro não poupou críticas à atuação de João Galamba. “Ser membro do Governo impõe limites à forma como podemos responder a notícias que entendemos (e podem) ser injustas. A razão é que o poder que se detém. Qualquer reação fora dos canais legalmente previstos é suscetível de ser interpretada como uma ameaça”, disse o ex-ministro de Passos Coelho.

Em causa estão as declarações do secretário de Estado Adjunto e da Energia depois de se ter referido ao programa Sexta às 9, da RTP, como "estrume" e "coisa asquerosa", numa resposta a um post de um utilizador do Twitter.

E apesar de admitir que não viu o último programa, lembra que o Secretário de Estado “não pode escrever estas coisas”, acrescentando que “pode exercer direito de resposta ou fazer queixa à ERC”.

Também o líder do CDS aproveitou para pedir uma dupla demissão: a do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e a de João Galamba, acusando ambos de “indignidade institucional”. Para o líder dos centristas não há dúvidas: “Senhor primeiro-ministro, dê um duplo jackpot ao país e livre-se de Eduardo Cabrita e João Galamba, porque eu tenho a certeza de que não se revê nestas faltas de educação e na indignidade institucional que estes membros do Governo estão a revelar”, afirmou, na sessão de encerramento do X Congresso Regional do CDS-PP/Açores, em Angra do Heroísmo.

Francisco Rodrigues dos Santos, que já pediu por várias vezes a demissão do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, na sequência da requisição civil no ZMAR, em Odemira, estendeu agora esse pedido ao secretário de Estado da Energia, João Galamba, acusando-o de ter atacado “de forma ordinária” um canal de televisão e de se tornado “um ‘cowboy’ do teclado no seu Twitter”.

Recorde-se que, em 2016, João Soares pediu demissão do cargo de ministro da Cultura , invocando razões de solidariedade com o Executivo. Na altura, não não resistiu à polémica aberta por um post que escreveu no Facebook, a prometer “salutares bofetadas” aos cronistas do Público Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente.