Associação de Bares da Zona Histórica do Porto pede reabertura

Empresários querem voltar a abrir os espaços, contemplando a apresenteção de teste negativo à covid-19.

“Enquanto num bar ou numa discoteca as pessoas estariam duas ou três horas, ali estiveram 12 horas em permanente festa e sem as devidas proteções”, disse António_Fonseca, presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, à Rádio Observador, relativamente aos festejos dos sportinguistas.

António Fonseca esclarece que não é contra as festas ou contra a abertura do país mas que não compreende o porquê dos bares e das discotecas estarem fechados, “tendo em conta que são espaços que podem ser devidamente controlados”, sugerindo que “só entraria numa discoteca quem tivesse o teste negativo” à covid-19.

“Depois do que aconteceu ontem, cai por terra qualquer argumento, quer da Direção-Geral da Saúde, quer do Governo”, reforçou o empresário cujo negócio se encontra fechado desde o início da pandemia e sem previsões para reabrir, acrescentando que o Governo perdeu agora “todos os argumentos, se é que alguma vez teve, para não abrir os bares e as discotescas”.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pede que sejam “estabelecidas, com urgência, medidas específicas para que os estabelecimentos de animação noturna possam reabrir sem colocar em causa a segurança e saúde dos seus clientes e colaboradores”.

É importante lembrar que, no ano passado, o Governo criou uma lei que permitia transformar os espaços de diversão noturna em cafés e pastelarias, permitindo assim que as portas se mantivessem abertas, alterando o modo de negócio. No entanto, a medida não não foi vista com bons olhos por muitos empresários do setor, que afirmam reunir condições para receber clientes.

O presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto referiu ainda que, em reuniões com o Governo, apresentou soluções para a reabertura dos espaços. Uma delas contemplava uma visita da DGS ao estabelecimento para avaliação das condições e determinação do número máximo de pessoas e implementação de um método de controlo das entradas, responsabilizando os proprietários.