Novo Banco. Bruxelas valida prémios de quatro milhões, diz Ramalho

Em 2020, ano a que dizem respeito os prémios, o Novo Banco registou um prejuízo de 1.329 milhões de euros.

A Comissão Europeia validou a atribuição de prémios de quase quatro milhões de euros aos administradores executivos do Novo Banco. A garantia foi dada esta quarta-feira por António Ramalho que está a ser ouvido no Parlamento. 

“Foi discutido com a Comissão Europeia, naturalmente deu o acordo para que, em casos em que o salário fosse superior acima àquilo que era o valor estimado, fosse diferido. Não há qualquer ilegalidade”, revelou.

O Novo Banco decidiu atribuir aos membros do conselho de administração executivo um prémio de 1,86 milhões de euros, relativo ao exercício de 2020, ano em que a entidade bancária, liderada por António Ramalho, registou prejuízos de 1.329 milhões de euros.

"Para o ano de 2020, a remuneração variável foi atribuída condicionalmente, sujeita à verificação de condições diversas, de 1.860 milhares de euros aos membros do conselho de administração executivo. Este prémio teve como base o desempenho individual coletivo de cada membro avaliado pelo comité de remunerações", lê-se no documento.

O Novo Banco informa ainda que "este prémio foi totalmente diferido e não haverá pagamentos até ao final do período de reestruturação, na data atualmente definida como 31 de dezembro de 2021".

Recorde-se que em 2020, ano a que dizem respeito os prémios, o Novo Banco registou um prejuízo de 1.329 milhões de euros, um agravamento face ao período anterior quando se verificou um resultado negativo de 1.059 milhões de euros.

2020 foi também o ano em que o banco anunciou que iria pedir mais 598,3 milhões de euros ao Fundo de Resolução ao abrigo do Mecanismo de Capital Contingente (MCC).