O que mudou no ensino em vinte anos?

Em Portugal e no mundo, muito mudou desde 2001.

Já passaram 20 anos desde que se fez o primeiro ranking das escolas. Na altura, a escolaridade obrigatória era apenas até ao 9º ano – só em 2009 é que se alargou até ao 12º. No entanto, a partir do momento em que um jovem atinge os 18 anos, deixa de ser abrangido por esta obrigatoriedade, independentemente do ano escolar em que se encontra.

Em 2001 estavam matriculados nas escolas nacionais 2 260 212 alunos, dos quais 1 834 792 se encontravam inscritos numa escola pública (81,2%). Entretanto, esse número aumentou, tendo atingido o seu pico em 2009 – coincidentemente, o ano em que a escolaridade obrigatória passou a ir até ao ensino secundário – com 2 435 665 alunos inscritos. A partir daí, o número foi sempre a descer e em 2019 apenas 2 003 856 jovens estavam matriculados na escola (80,5% no ensino público).

Em 2010 criaram-se pela primeira vez agrupamentos e mega agrupamentos, tendo esta medida sido justificada por um ponto de vista económico, mas também para um melhor acompanhamento dos jovens, permitindo que um mesmo conjunto de professores acompanhe todo o percurso de um aluno desde o primeiro ao 12.º ano de escolaridade.

A nível mundial, o número de matrículas escolares feitas por raparigas aumentou de 73% para 89%. No entanto, continuam a ser elas as mais excluídas, de acordo com um estudo feito pela UNESCO. E a situação tem vindo a piorar com a pandemia de covid-19.

Esse mesmo estudo concluiu que os estereótipos de que as mulheres são inadequadas para ser líderes são reforçados pelo reduzido número de professoras no ensino superior.